"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

PQP, o mundo está acabando?

15/09/2008 - 03h05

Lehman Brothers anuncia que vai declarar falência

da Folha Online

O banco de investimentos Lehman Brothers, o quarto maior dos Estados Unidos, anunciou nesta segunda-feira que vai declarar sua falência, um dia depois de falharem as negociações de compra da instituição de investimento.

O Lehman informou em comunicado que apresentará a documentação necessária para se declarar em quebra perante o tribunal de Quebras do Distrito Sul de Nova York.

Entenda a crise que atinge a economia dos EUA

A falência, que já era esperada, ficou iminente depois que o banco britânico Barclays decidiu abandonar as negociações, no fim de semana.

O banco britânico considerou que adquirir o centenário Lehman seria impossível sem uma ajuda dos poderes públicos comparável à que foi decidida em março para o JPMorgan Chase, na compra do Bear Stearns --outro banco também em dificuldades nos EUA por conta da crise de crédito que atinge a maior economia do planeta.

O Lehman Brothers mantém negócios com os principais bancos do mundo e sua provável liquidação deverá causar prejuízos a todas essas instituições. O banco perdeu mais de 77% de seu valor de mercado apenas na semana passada. Apenas entre o início de março e o final de agosto deste ano, a instituição financeira perdeu US$ 6,7 bilhões.

Há 158 anos em funcionamento, o Lehman é o terceiro banco de investimento que quebra ou é comprado em seis meses nos EUA. Em março o Bear Stearns obrigou a intervenção do Departamento do Tesouro. Ontem à noite o Bank of America comprou o Merrill Lynch.

Merrill Lynch

Sem ajuda financeira do governo dos EUA e do Fed (o banco Central dos EUA), os bancos teriam desistido do Lehman e partido para salvar o Merrill, outro banco tradicional de Wall Street, apontado como o próximo arriscado de insolvência na crise iniciada com as hipotecas "subprime" (segunda linha) nos EUA.

O Bank of America também chegou a anunciar seu interesse no Lehman, mas voltou atrás diante da resistência do governo em fornecer financiamento e anunciou a compra do Merrill Lynch por cerca de US$ 50 bilhões.

Com a aquisição, o Bank of America --o maior grupo bancário dos EUA-- consolida ainda mais sua posição de gigante reforçada já por uma série de compras anteriores que incluem o banco hipotecário Countrywide Financial.

A compra do Merrill Lynch serve enfrentar as conseqüências que pode acarretar a previsível quebra do Lehman Brothers, e permite ao Bank Of America controlar a maior força de intermediários das bolsas de valores do país e cria uma entidade que terá braços em todo o sistema financeiro dos EUA, diz o jornal "The Wall Street Journal".

Plano de ajuda

Ainda em uma manobra para tentar amenizar os efeitos da previsível quebra do Lehman, o Fed anunciou ontem uma ampliação de seus mecanismos de crédito e uma flexibilização das garantias que está disposta a aceitar como aval para esses créditos em uma tentativa de lançar um sinal de tranqüilidade aos investidores.

O BC dos EUA reuniu durante todo o final de semana, em Nova York, os maiores bancos americanos e europeus para viabilizar o resgate do Lehman.

Um consórcio de 10 bancos anunciou um programa de empréstimos de emergência --cujo montante soma US$ 70 bilhões-- para enfrentar a crise de crédito que ameaça a estabilidade do sistema financeiro mundial.

Bank of America, Barclays, Citibank, Credit Suisse, Deutsche Bank, Goldman Sachs, JP Morgan, Merrill Lynch, Morgan Stanley e UBS concordaram cada um em ceder US$ 7 bilhões cada para "ajudar a elevar a liquidez e diminuir a volatilidade e outros desafios que afetam a economia global".

Crise

Neste domingo (14), quem também apareceu para comentar sobre a crise financeira americana foi o ex-presidente do Fed Alan Greenspan. Segundo ele, essa é a pior crise dos últimos 50 anos, e provavelmente do último século, e ainda está longe de terminar.

"Devemos reconhecer que isso (a crise) é um evento que acontece uma vez a cada meio século", explicou Greenspan no programa "This Week", da rede de televisão ABC.

"Não há nenhuma dúvida de que isso está perto de superar tudo o que já vimos, e ainda está longe de se resolver, ainda deve durar algum tempo", alertou Greenspan, que durante 19 anos (até 2006) trabalhou à frente do banco central americano.

Greenspan estimou ainda que o governo federal "não pode estender uma rede de segurança debaixo de todas as instituições financeiras que quebrarem", destacando que os atuais esforços das autoridades para salvar o Lehman Brothers devem se limitar na busca por uma solução sem recorrer ao Tesouro.

Com Folha de S.Paulo, Efe e Reuters

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