"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

domingo, 14 de setembro de 2008

Liberais sempre se fazem de tontos e se omitem

Mais uma vez os liberais latino-americanos mostram o seu lado golpista e o compromisso apenas instrumental com a democracia. Em qualquer crise, o primeiro compromisso que os liberais abandonam é com a democracia, poderia ser com a verdade, mas compromisso com a verdade os liberais latino-americanos nunca tiveram mesmo. O pior é que dada a hegemonia liberal o discurso fajuto é que fica sendo repetido ad nauseam pela mídia. É repugnante ler as notícias sobre a crise boliviana.

Há uma tentativa golpiusata em curso na Bolívia, mas a mídia liberal insiste em tratar como uma disputa entre o governo e a oposição. Não há luta entre governo e oposição. É uma luta de uma minoria da sociedade contra a maioria, é uma luta de uma minoria privilegiada que foi derrotada nas eleições e não aceita que perdeu as eleições, não aceita que perdeu o referendo mesmo com as medidas visando instabilizar o governo Hugo Chávez. Não está ocorrendo uma luta partidária na Bolívia, não é uma luta meramente política, é uma luta social que pode desembocar em guerra civil. Não se ataca um outro grupo político, por que os insurgentes atacam os indígenas? Por razões políticas? Não, porque são os desvalidos da terra, porque o poder destes setores minotários se baseou no meddo e na ignorância durante décadas, deixou de funcionar, então é hora de aumentar o medo. É a violência organizada dos poderosos contra o povo desarmada. E neste sentido o governo Morales está sendo omisso, porque ainda não usou de fato o poder do Estado pára defender o povo. Não é dar início à guerra, mas afirmar o poder do Estado e o monopólio da violência legítima. Não é luta entre governo e oposição. E é preciso muito cuidado com as tentativas de negociação entre governo e opoisição para não legitimar neste caso um golpe de Estado disfarçado, e permitir que se institucionalize uma "guerra fria civil", onde se imobilize o governo e o povo indígena deixando livres as mãos dos golpistas para continuar a agir na ilegalidade.

Do mesmo modo, a imprensa brasileira noticia que o governo Morales denuncia suposta interferência do governo americano na Bolívia para estimular os grupos insurgentes. Suposta? Em que mundo estamos para se dizer que a intervanção americana nos conflçitos latino-americanos é apenas suposta. A intervenção americana é sempre negada pela mídia, pelos liberais de plantão, sempre apontada como visão conspiracionista da história, coisa de radical esquerdista. Sempre foi assim, obviamente uma tática para que a estratégia americana possa funcionar sem ser perturbada. Porque, a cada golpe na América Latina, a cada instabilidade política, quando os arquivos do Departamento de Estado e da CIA são abertos anos depois, o que se constata? A intervenção norte-americana, e a mídia liberal, no novo contexto, apresenta aquilo como se fosse novidade, mas uma realidade que já ficou no passado. Mais uma vez assiste-se à palhaçada.

Fez bem portanto o Evo Morales em ter expulsado o embaixador americano. Agora o Hugo Chávez não ajuda. Apiio importante é o que se dá calado sem elevar o nível do conflito. o Chávez não sabe fazer isso. Fala demais, protesta demais e eleva o nível donflito. É importante cirscunscrever o conflito à Bolívia ao mesmo tempo em que se dá suporte ao governo boliviano e à democracia. Todos os países latino-americanos devem se coloca ao lado da instabilidade institutcional e isolar os EUA no âmbito da OEA para que seja levado a fazer ao mesmo. Assim, as margens de ação dos insurgentes ficam restritas, é preciso deslegitimar as reinvidicações insurgentes para que eles aceitem negociar no âmbito das instituições, aceitem os resultados eleitorais. O comportamento do Hugo Chávez faz exatamente o oposto, legitima o comportamento insurgente, permite que eles radicalizem as posições e viabilizam um apoio aberot dos Estados Unidos ao golpe. Contra os liberais, a melhor tática é fazer de conta que acredita neles, e forçá-los a cumprir com a palavra e defender as suas instituições.

Nenhum comentário: