"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

domingo, 7 de outubro de 2007

Se

Dizem que sou marxista sendo assim não deveria falar sobre "se" na história. No entanto, violarei a regra. Sempre pensei que o golpe militar interrompeu o que poderia ter feito o Brasil ser de fato o país do futuro, teríamos um segundo governo JK em 1965 que faria ajustes duros na economia com a legitimidade dada pelo Plano de Metas do mandato anterior e na seqüência teríamos um governo Brizola que faria as reformas sociais e nacionalistas necessárias ao país. Agora coloquei um novo "se" na história do Brasil. José Américo de Almeida teria sido melhor presidente em 1937 do que Vargas foi. O Estado Novo interrompeu um processo que poderia ter repercussões revolucionárias no Brasil. Em primeiro lugar, a vitória de José Américo teria representado um derrota definitiva de São Paulo e significaria uma reorientação do eixo de desenvolvimento, os desequilíbrios regionais seriam minorados. Segundo, José Américo representaria um combate muito mais efetivo às oligarquias regionais. Terceiro, a questão social estava posta em José Américo de forma muito mais radical do que em Vargas, inclusive na defesa da legislação trabalhista no campo. José Américo dizia, e tinha razão, que a introdução da legislação trabalhista apenas nas cidades levaria a um esvaziamento do campo e um inchaço das cidades. Quarto, uma presidência José Américo teria enriquecido a cultura política brasileira incorporando novos valores e diminuído o domínio intelectual do Rio Grande do Sul sobre o reformismo. Quinto, José Américo sempre foi nacionalista e não um nacionalista de conveniência como Vargas. Talvez seja possível dizer que as nossas duas grandes experiências ditatoriais reduziram o que nós poderíamos ser.

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