Nouriel Roubini no Financial Times afirma que o Banco Central, durante a crise, já deixou de ser emprestador em última instância para ser emprestador em primeira instância dada a contração do crédito por parte dos bancos.
O governo se tornou o único agente a fornecer recursos ao sistema econômico. O pior é que o fato do governo fornecer recursos a um banco ou outro não faz com que os bancos ajudados liberem o crédito para o público, pessoas físicas e empresas. Ou seja, salvar bancos até o momento não aliviou a crise, a reação do sistema bancária à ajuda do governo tem sido no sentido de agravar a crise e gerar novas demanadas de recursos públicos. Evidentemente este processo é insustentável. Na medida em que os governos socializaram o prejuízo de todo mundo é preciso forçar os bancos ajudados que liberem o crédito. O propósito da ajuda é restaurar a confiança no sistema e permitir a retomada do sistema de crédito, se os bancos continuam expressando uma sensação de pânico e contrai o crédito o dinheiro do governo é jogado fora. É preciso mais Estado para salvar os bancos das finanças neoliberais.
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