"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

domingo, 14 de dezembro de 2008

A crise é grave, mas a imprensa amplifica a crise no Brasil

É evidente que a crise é grave, é óbvio que a crise irá atingir o Brasil. Mas até o momento os efeitos da crise no Brasil se manifestam através do pânico e do medo difundido pela imprensa. A imprensa que faz oposição ferrenha ao governo Lula procura amplificar a crise o que afeta o esado de confiança na economia brasileira. Até agora os números negam a crise no Brasil. Os dois indicadores de crise o câmbio e a bovespa não passam de epifenômenos. Estes indicadopres não expressam os fundamentos ou a situação da economia, estes indicadores precisam ser explicados e são explicados pela especulação que busca o lucro de curto prazo, pelas notícias enviesadas da impresa. O Brasil cresceu mais de 6% no trimestre passado, provavelmente a taxa de crescimento cairá neste semestre, mas isto ainda é muito mais uma questão conjuntural do que um indicador da trajetória da economia.

A trajetória da economia no ano que vem será definida pelas políticas governamentais. Nos EUA, o governo ainda não foi capaz de definir uma política de Estado para o combate à crise, o caso da ind´pustria automobilítica demonstra isso. E esta política stop and go vai acabar por aprofundar a crise nos EUA e no mundo. Por incrível que pareça neste momento o governo brasileiro tem ma margem de manobra maior para atuar e defender o país da crise. Mas está o momento o governo está passivo. Não basta garantir socorro aos bancos, é preciso fazer que os bancos privados mudem de comportamento. Neste sentido é alvissareira a posição do governo de forçar o Banco do Brasil e a CEF a continuarem emprestando e praticando juros mais baixos. Todavia é preciso fazer mais, a ajuda aos bancos deve ter contrapartida na liberação do crédito às empresas e consumidores já que de todo modo o prejuízo está sendo socializado. Então que se socialize o eventual prejuízo de uma política que visa o crescimento e não de uma política contracionista onde pagamos a conta de uma política que já sabíamos antecipadamente que pioraria nossa situação.

Além disso, é urgente introduzir controles de capital. Não é possível aceitar saída de cpaitais de natureza especulativa. O governo fez a besteira de aceitar a valorização do real nos últimos anos, não fez nada para defender o país, se tivéssemos mantido o câmbio desvalorizado hoje a pressão sobreo seria menor. Não fez isso? Agora é preciso conter a saída de capitais, controlar a demanda por dólar e fazer uma desvalorização controlada do real ao longo do tempo.

Idealmente, o governo deveria reduzir os juros. Mas nem seria preciso reduzir drasticamente. Se os juros relativamente altos estiverem atraindo dólares para o Brasil os juros altos se justificam, do contrário, os juros podem cair significamente.

E com queda ou não dos juros, é preciso elevar o gasto público. O governo deveria definir imediatamente um grande programa de obras públicas para as principais capitais do país para sustentar o nível de emprego. Neste sentido,  se o governo iniciar um amplo programa de habitação popular como foi noticiado pela imprensa estará no caminho certo. Estender o seguro desemprego também é positivo.

Caso as exportações declinem é importante abrir o mercado interno para estes produtos. Então o governo deve analisar quais produtos terão suas exportações prejudicadas para iniciar um programa de estímulo ao consumo interno destes produtos como compensação. É fundamental manter o nível da demanda agregada.

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