É evidente que a crise é grave, é óbvio que a crise irá atingir o Brasil. Mas até o momento os efeitos da crise no Brasil se manifestam através do pânico e do medo difundido pela imprensa. A imprensa que faz oposição ferrenha ao governo Lula procura amplificar a crise o que afeta o esado de confiança na economia brasileira. Até agora os números negam a crise no Brasil. Os dois indicadores de crise o câmbio e a bovespa não passam de epifenômenos. Estes indicadopres não expressam os fundamentos ou a situação da economia, estes indicadores precisam ser explicados e são explicados pela especulação que busca o lucro de curto prazo, pelas notícias enviesadas da impresa. O Brasil cresceu mais de 6% no trimestre passado, provavelmente a taxa de crescimento cairá neste semestre, mas isto ainda é muito mais uma questão conjuntural do que um indicador da trajetória da economia.
A trajetória da economia no ano que vem será definida pelas políticas governamentais. Nos EUA, o governo ainda não foi capaz de definir uma política de Estado para o combate à crise, o caso da ind´pustria automobilítica demonstra isso. E esta política stop and go vai acabar por aprofundar a crise nos EUA e no mundo. Por incrível que pareça neste momento o governo brasileiro tem ma margem de manobra maior para atuar e defender o país da crise. Mas está o momento o governo está passivo. Não basta garantir socorro aos bancos, é preciso fazer que os bancos privados mudem de comportamento. Neste sentido é alvissareira a posição do governo de forçar o Banco do Brasil e a CEF a continuarem emprestando e praticando juros mais baixos. Todavia é preciso fazer mais, a ajuda aos bancos deve ter contrapartida na liberação do crédito às empresas e consumidores já que de todo modo o prejuízo está sendo socializado. Então que se socialize o eventual prejuízo de uma política que visa o crescimento e não de uma política contracionista onde pagamos a conta de uma política que já sabíamos antecipadamente que pioraria nossa situação.
Além disso, é urgente introduzir controles de capital. Não é possível aceitar saída de cpaitais de natureza especulativa. O governo fez a besteira de aceitar a valorização do real nos últimos anos, não fez nada para defender o país, se tivéssemos mantido o câmbio desvalorizado hoje a pressão sobreo seria menor. Não fez isso? Agora é preciso conter a saída de capitais, controlar a demanda por dólar e fazer uma desvalorização controlada do real ao longo do tempo.
Idealmente, o governo deveria reduzir os juros. Mas nem seria preciso reduzir drasticamente. Se os juros relativamente altos estiverem atraindo dólares para o Brasil os juros altos se justificam, do contrário, os juros podem cair significamente.
E com queda ou não dos juros, é preciso elevar o gasto público. O governo deveria definir imediatamente um grande programa de obras públicas para as principais capitais do país para sustentar o nível de emprego. Neste sentido, se o governo iniciar um amplo programa de habitação popular como foi noticiado pela imprensa estará no caminho certo. Estender o seguro desemprego também é positivo.
Caso as exportações declinem é importante abrir o mercado interno para estes produtos. Então o governo deve analisar quais produtos terão suas exportações prejudicadas para iniciar um programa de estímulo ao consumo interno destes produtos como compensação. É fundamental manter o nível da demanda agregada.
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