"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

sábado, 23 de agosto de 2008

Hoje eu queria ser médico!

Relações Internacionais não serve para nada. Não como muitos dos meus alunos pensam, que não serve para o mercado de trabalho, que não acham as relações internacionais no mundo. As relações internacionais não servem para nada porque não permitem ajudar ninguém, não permitem resolver o problema de ninguém. Não existe as relações internacionais no cotidiano onde você possa resolver os problemas das pessoas estendendo-lhes a mão para carregar parte do seu fardo. Por isso há momentos que gostaria de ser advogado e médico. Cada injustiça que vejo, cada pessoa que vejo tendo os seus direitos ignorados, penso que deveria ter feito direito para poder asumir formalmente a defesa da pessoa. Os brasileiros são profundamente destratados pelo Estado e outros brasileiros, e ninguém faz nada, da indignação não sai a ação.

Outras vezes gostaria de ser médico. A doença das pessoas queridas nos coloca numa posição de impotência assombrosa. Nada poder fazer, ter que confiar no conhecimento do outro, nas escolhas de outro é algo que me incomoda profundamente. Não gosto de precisar confiar no conhecimento e na escolha dos outros, por uma simples razão, não confio. Ainda mais em algo como a medicina que é subjetivo e a formação dos médicos está piorando a cada dia. Os médicos estão muito limitados intelectualmente, então certamente não são confiáveis. Se para remédio já é difícil, para cirurgias então é muito mais. A medicina lida com a morte, por isso os médicos deveriam ser muito mais preparados não apenas no conhecimento físico do homem, mas para compreender subjetivamente cada paciente. Compreender cada paciente para pensar efetivamente um tratamento e não encarar os procedimentos médicos como linha de montagem. Os médicos transformaram tudo em rotina e processos automáticos. O pior é que os médicos não seguem esta tendência, na sua maior parte já abandonaram a medicina enquanto ciência, são praticamente curandeiros, não acompanham o desenvolvimento da ciência médica, desconhecem o método científico, etc.

O médico ideal seria um misto de Patch Adams e Dr. House. Hoje, eu queria ser médico.

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