O governo brasileiro tenta inflar artificialmente a quantidade de alunos no ensino superior, e sem investir na qualificação dos alunos. De fato, apesar de todo propaganda sobre sistema de avaliação, o governo se beneficia da expansão das vagas no ensino superior sem que os alunos sejam preparados para vivenciar a vida universitária, sem que os alunos sejam preparados para assumir a responsabilidade pelo seu apredizado. O resultado é que o curso superior se torna apenas mais um curso, mais uma obrigação a ser cumprida como foi o ensino básico e o ensino médio. Sem uma intervenção profunda no ensino básico e secundário as boas universidades brasileiras irão acabar ou irão se eletizar e isolar da sociedade ainda mais. É preciso voltar ao passado quando o aluno tinha a obrigação de dominar conteúdos mínimos e ser exigido intelectualmente até mesmo para ter discernimento para escolher o curso e para perceder a diferença entre a faculdade e o colégio. quem não percebe a diferença passa a vida no colégio.
É chocante como os estudantes universitários brasileiros perderam o bonde da história. Antigamente o movimento estudantil representa a vanguarda do progresso, defendia interesses coletivos, hoje o movimento estudantil é um grande nada, mas que cria problemas, critica qualquer movmento progressista de fato e julga através de uma visão de mundo hippie ou anarquista do mundo, ou seja, não colaboram em nada para o país. Ando freqüentando a USP ultimamente, a preocupação dos estudantes estampadas nos cartazes é com as câmeras de vigilância instaladas pela reitoria. Discutir o Brasil, propor políticas para o Brasil, protestar pelas nossas mazelas nada. Querem a retirada das câmeras de vigilância. E não é porque elas estão para controlar eventuais ações políticas violentas para mudar o país não, não temem que crimes políticos sejam descobertos. O medo não é que estejam tutelando as idéias. O problema é que querem continuar cometendo crimes, crimes comuns sem qualquer risco de perturbação. E pensar que o movimento estudantil já fez esse país andar, hoje o movimento está paralítico, não anda.
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