Para não correr o risco de não acordar e perder o avião não dormi de segunda para terça-feira, e aí fiquei lendo alguns dos livros que tinham no quarto onde dormi na casa dos meus tios. Folheei vários, li pedaços de alguns, mas o que eu escolhi para ler todo foi uma coletânea de discursos de Madre Tereza de Calcutá publicado com o título "A alegria da doação". Várias passagens poderiam servir de ponto de partida para uma reflexão. Mas de madrugada só anotei uma passagem. Diz Madre Tereza:
"Se vocês sentem-se desanimados, isso é sinal de orgulho. É uma prova evidente da confiança excessiva em vocês mesmos."
No mundo extremamente competitivo de hoje colocamo-nos um conjunto de metas desproporcionais à nossa capacidade e tempo. Acaba que definir prioridades fica parecendo um fracasso, deixamos de fazer outras coisas que seriam "nossa obrigação". O que segue no texto de Madre Tereza é que devemos cumprir nossas obrigações, nossos deveres. Como vivemos num mundo não-religioso, ou melhor num mundo relativista, tudo é igualmente importante tanto nossas obrigações, quanto nossos desejos, quanto os chamados dos amigos, tudo tem a mesma prioridade, e queremos fazer tudo, quando não conseguimos nós desanimamos, achamos que é impossível vencer, alcançar nossos objetivos, nos frustramos. E assim oscilamos da confiança excessiva ao desânimo peridodicamente sem encontrar o porto seguro.
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