"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A crise como motor da mudança: os limites do governo Obama

A crise como motor da mudança: os limites do governo Obama

Corival Alves do Carmo*

O governo Barack Obama nasce sob o signo da mudança. Toda a campanha esteve ancorada num discurso que a mudança é possível, não apenas na política externa, mas também com relação à política e à economia. Negro, Obama não fez uma campanha fundada na questão racial, não se colocou como o símbolo de uma raça, mas como o símbolo de uma renovação da política norte-americana que permitisse a recuperação dos valores liberais (no sentido norte-americano do termo) que foram duramente atacados pelo governo Bush.

Obama enfrentará o mesmo dilema de Lula no Brasil. Quando Lula assumiu o governo aceitou seguir a cartilha de política econômica deixada por FHC para não assustar os mercados, para mostrar credibilidade, o primeiro presidente do PT, operário, sindicalista, com baixo nível de escolaridade não poderia errar. Erros aceitáveis para Fernando Collor e FHC seriam considerados imperdoáveis para o Lula. Obama tem preparo intelectual, mas é um político iniciante e o primeiro presidente negro dos EUA, indubitavelmente um fato histórico de grande significado, ou seja, Obama não pode e não quer errar.

A frase já clássica do futebol brasileiro "o medo de perder tira a vontade de ganhar" retrata de certo modo a situação do presidente eleito. O medo de errar reduz a ousadia, a criatividade e faz com que o governo Obama, na prática, se afaste das promessas de mudança feitas na campanha eleitoral. A dificuldade de mudar é ainda maior porque as instituições sociais tendem à inércia, tendem a reproduzir o status quo, e a capacidade dos novos governos de introduzir mudanças no interior das instituições políticas e sociais se reduz rapidamente.

Continua em:

http://www.unesp.br/aci/debate/obama_corival.php

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