"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dilma na imprensa inglesa- versão em inglês e português

Jornal inglês diz que Dilma é "uma líder extraordinária"

O jornal The Independent destacou neste domingo que o Brasil se prepara para eleger no próximo final de semana a "mulher mais poderosa do mundo" e "uma líder extraordinária". As pesquisas mostram que ela construiu uma posição inexpugnável – de mais de 50%, comparado com menos de 30% - sobre o seu rival mais próximo, homem enfadonho de centro, chamado José Serra. Jornal também afirma que candidata tem sofrido ataques em uma campanha impiedosa de degradação patrocinada pela mídia brasileira.

Hugh O'Shaughnessy - The Independent

A mulher mais poderosa do mundo começará a andar com as próprias pernas no próximo fim de semana. Forte e vigorosa aos 63 anos, essa ex-líder da resistência a uma ditadura militar (que a torturou) se prepara para conquistar o seu lugar como Presidente do Brasil.
Como chefe de estado, a Presidente Dilma Rousseff seria mais poderosa que a Chanceler da Alemanha, Angela Merkel e que a Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton: seu país enorme de 200 milhões de pessoas está comemorando seu novo tesouro petrolífero. A taxa de crescimento do Brasil, rivalizando com a China, é algo que a Europa e Washington podem apenas invejar.
Sua ampla vitória prevista para a próxima eleição presidencial será comemorada com encantamento por milhões. Marca a demolição final do “estado de segurança nacional”, um arranjo que os governos conservadores, nos EUA e na Europa uma vez tomaram como seu melhor artifício para limitar a democracia e a reforma. Ele sustenta um status quo corrompido que mantém a imensa maioria na pobreza na América Latina, enquanto favorece seus amigos ricos.
A senhora Rousseff, filha de um imigrante búlgaro no Brasil e de sua esposa, professora primária, foi beneficiada por ser, de fato, a primeira ministra do imensamente popular Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ex-líder sindical. Mas com uma história de determinação e sucesso (que inclui ter se curado de um câncer linfático), essa companheira, mãe e avó será mulher por si mesma. As pesquisas mostram que ela construiu uma posição inexpugnável – de mais de 50%, comparado com menos de 30% - sobre o seu rival mais próximo, homem enfadonho de centro, chamado José Serra. Há pouca dúvida de que ela estará instalada no Palácio Presidencial Alvorada de Brasília, em janeiro.
Assim como o Presidente Jose Mujica do Uruguai, vizinho do Brasil, a senhora Rousseff não se constrange com um passado numa guerrilha urbana, que incluiu o combate a generais e um tempo na cadeia como prisioneira política.
Quando menina, na provinciana cidade de Belo Horizonte, ela diz que sonhava respectivamente em se tornar bailarina, bombeira e uma artista de trapézio. As freiras de sua escola levavam suas turmas para as áreas pobres para mostrá-las a grande desigualdade entre a minoria de classe média e a vasta maioria de pobres. Ela lembra que quando um menino pobre de olhos tristes chegou à porta da casa de sua família ela rasgou uma nota de dinheiro pela metade e dividiu com ele, sem saber que metade de uma nota não tinha valor.
Seu pai, Pedro, morreu quando ela tinha 14 anos, mas a essas alturas ele já tinha apresentado a Dilma os romances de Zola e Dostoiévski. Depois disso, ela e seus irmãos tiveram de batalhar duro com sua mãe para alcançar seus objetivos. Aos 16 anos ela estava na POLOP (Política Operária), um grupo organizado por fora do tradicional Partido Comunista Brasileiro que buscava trazer o socialismo para quem pouco sabia a seu respeito.
Os generais tomaram o poder em 1964 e instauraram um reino de terror para defender o que chamavam “segurança nacional”. Ela se juntou aos grupos radicais secretos que não viam nada de errado em pegar em armas para combater um regime militar ilegítimo. Além de agradarem aos ricos e esmagar sindicatos e classes baixas, os generais censuraram a imprensa, proibindo editores de deixarem espaços vazios nos jornais para mostrar onde as notícias tinham sido suprimidas.
A senhora Rousseff terminou na clandestina VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares). Nos anos 60 e 70, os membros dessas organizações sequestravam diplomatas estrangeiros para resgatar prisioneiros: um embaixador dos EUA foi trocado por uma dúzia de prisioneiros políticos; um embaixador alemão foi trocado por 40 militantes; um representante suíço, trocado por 70. Eles também balearam torturadores especialistas estrangeiros enviados para treinar os esquadrões da morte dos generais. Embora diga que nunca usou armas, ela chegou a ser capturada e torturada pela polícia secreta na equivalente brasileira de Abu Ghraib, o presídio Tiradentes, em São Paulo. Ela recebeu uma sentença de 25 meses por “subversão” e foi libertada depois de três anos. Hoje ela confessa abertamente ter “querido mudar o mundo”.
Em 1973 ela se mudou para o próspero estado do sul, o Rio Grande do Sul, onde seu segundo marido, um advogado, estava terminando de cumprir sua pena como prisioneiro político (seu primeiro casamento com um jovem militante de esquerda, Claudio Galeno, não sobreviveu às tensões de duas pessoas na correria, em cidades diferentes). Ela voltou à universidade, começou a trabalhar para o governo do estado em 1975, e teve uma filha, Paula.
Em 1986 ela foi nomeada secretária de finanças da cidade de Porto Alegre, a capital do estado, onde seus talentos políticos começaram a florescer. Os anos 1990 foram anos de bons ventos para ela. Em 1993 ela foi nomeada secretária de minas e energia do estado, e impulsionou amplamente o aumento da produção de energia, assegurando que o estado enfrentasse o racionamento de energia de que o resto do país padeceu.
Ela fez mil quilômetros de novas linhas de energia elétrica, novas barragens e estações de energia térmica construídas, enquanto persuadia os cidadãos a desligarem as luzes sempre que pudessem. Sua estrela política começou a brilhar muito. Mas em 1994, depois de 24 anos juntos, ela se separou do Senhor Araújo, aparentemente de maneira amigável. Ao mesmo tempo ela se voltou à vida acadêmica e política, mas sua tentativa de concluir o doutorado em ciências sociais fracassou em 1998.
Em 2000 ela adquiriu seu espaço com Lula e seu Partido dos Trabalhadores, que se volta sucessivamente para a combinação de crescimento econômico com o ataque à pobreza. Os dois se deram bem imediatamente e ela se tornou sua primeira ministra de energia em 2003. Dois anos depois ele a tornou chefe da casa civil e desde então passou a apostar nela para a sua sucessão. Ela estava ao lado de Lula quando o Brasil encontrou uma vasta camada de petróleo, ajudando o líder que muitos da mídia européia e estadunidense denunciaram uma década atrás como um militante da extrema esquerda a retirar 24 milhões de brasileiros da pobreza. Lula estava com ela em abril do ano passado quando foi diagnosticada com um câncer linfático, uma condição declarada sob controle há um ano. Denúncias recentes de irregularidades financeiras entre membros de sua equipe quando estava no governo não parecem ter abalado a popularidade da candidata.
A Senhora Rousseff provavelmente convidará o Presidente Mujica do Uruguai para sua posse no Ano Novo. O Presidente Evo Morales, da Bolívia, o Presidente Hugo Chávez, da Venezuela e o Presidente Lugo, do Paraguai – outros líderes bem sucedidos da América do Sul que, como ela, têm sofrido ataques de campanhas impiedosas de degradação na mídia ocidental – certamente também estarão lá. Será uma celebração da decência política – e do feminismo.

 

The Independent

September 26, 2010

The former guerrilla set to be the world's most powerful woman

By Hugh O'Shaughnessy

Brazil looks likely to elect an extraordinary leader next weekend

The world's most powerful woman will start coming into her own next weekend. Stocky and forceful at 63, this former leader of the resistance to a Western-backed military dictatorship (which tortured her) is preparing to take her place as President of Brazil.

As head of state, president Dilma Rousseff would outrank Angela Merkel, Germany's Chancellor, and Hillary Clinton, the US Secretary of State: her enormous country of 200 million people is revelling in its new oil wealth. Brazil's growth rate, rivalling China's, is one that Europe and Washington can only envy.

Her widely predicted victory in next Sunday's presidential poll will be greeted with delight by millions. It marks the final demolition of the "national security state", an arrangement that conservative governments in the US and Europe once regarded as their best artifice for limiting democracy and reform. It maintained a rotten status quo that kept a vast majority in poverty in Latin America while favouring their rich friends.

Ms Rousseff, the daughter of a Bulgarian immigrant to Brazil and his schoolteacher wife, has benefited from being, in effect, the prime minister of the immensely popular President Luiz Inacio Lula da Silva, the former union leader. But, with a record of determination and success (which includes appearing to have conquered lymphatic cancer), this wife, mother and grandmother will be her own woman. The polls say she has built up an unassailable lead - of more than 50 per cent compared with less than 30 per cent - over her nearest rival, an uninspiring man of the centre called Jose Serra. Few doubt that she will be installed in the Alvorada presidential palace in Brasilia in January.

Like President Jose Mujica of Uruguay, Brazil's neighbour, Ms Rousseff is unashamed of a past as an urban guerrilla which included battling the generals and spending time in jail as a political prisoner. As a little girl growing up in the provincial city of Belo Horizonte, she says she dreamed successively of becoming a ballerina, a firefighter and a trapeze artist. The nuns at her school took her class to the city's poor area to show them the vast gaps between the middle-class minority and the vast majority of the poor. She remembers that when a young beggar with sad eyes came to her family's door she tore a currency note in half to share with him, not knowing that half a banknote had no value.

Her father, Pedro, died when she was 14, but by then he had introduced her to the novels of Zola and Dostoevski. After that, she and her siblings had to work hard with their mother to make ends meet. By 16 she was in POLOP (Workers' Politics), a group outside the traditional Brazilian Communist Party that sought to bring socialism to those who knew little about it.

The generals seized power in 1964 and decreed a reign of terror to defend what they called "national security". She joined secretive radical groups that saw nothing wrong with taking up arms against an illegitimate military regime. Besides cosseting the rich and crushing trade unions and the underclass, the generals censored the press, forbidding editors from leaving gaps in newspapers to show where news had been suppressed.

Ms Rousseff ended up in the clandestine VAR-Palmares (Palmares Armed Revolutionary Vanguard). In the 1960s and 1970s, members of such organisations seized foreign diplomats for ransom: a US ambassador was swapped for a dozen political prisoners; a German ambassador was exchanged for 40 militants; a Swiss envoy swapped for 70. They also shot foreign torture experts sent to train the generals' death squads. Though she says she never used weapons, she was eventually rounded up and tortured by the secret police in Brazil's equivalent to Abu Ghraib, the Tiradentes prison in Sao Paulo. She was given a 25-month sentence for "subversion" and freed after three years. Today she openly confesses to having "wanted to change the world".

In 1973 she moved to the prosperous southern state of Rio Grande do Sul, where her second husband, Carlos Araujo, a lawyer, was finishing a four-year term as a political prisoner (her first marriage with a young left-winger, Claudio Galeno, had not survived the strains of two people being on the run in different cities). She went back to university, started working for the state government in 1975, and had a daughter, Paula.

In 1986, she was named finance chief of Porto Alegre, the state capital, where her political talents began to blossom. Yet the 1990s were bitter-sweet years for her. In 1993 she was named secretary of energy for the state, and pulled off the coup of vastly increasing power production, ensuring the state was spared the power cuts that plagued the rest of the country.

She had 1,000km of new electric power lines, new dams and thermal power stations built while persuading citizens to switch off the lights whenever they could. Her political star started shining brightly. But in 1994, after 24 years together, she separated from Mr Araujo, though apparently on good terms. At the same time she was torn between academic life and politics, but her attempt to gain a doctorate in social sciences failed in 1998.

In 2000 she threw her lot in with Lula and his Partido dos Trabalhadores, or Workers' Party which set its sights successfully on combining economic growth with an attack on poverty. The two immediately hit it off and she became his first energy minister in 2003. Two years later he made her his chief of staff and has since backed her as his successor. She has been by his side as Brazil has found vast new offshore oil deposits, aiding a leader whom many in the European and US media were denouncing a decade ago as a extreme left-wing wrecker to pull 24 million Brazilians out of poverty. Lula stood by her in April last year as she was diagnosed with lymphatic cancer, a condition that was declared under control a year ago. Recent reports of financial irregularities among her staff do not seem to have damaged her popularity.

Ms Rousseff is likely to invite President Mujica of Uruguay to her inauguration in the New Year. President Evo Morales of Bolivia, President Hugo Chavez of Venezuela and President Fernando Lugo of Paraguay - other successful South American leaders who have, like her, weathered merciless campaigns of denigration in the Western media - are also sure to be there. It will be a celebration of political decency - and feminism.

Female representation: A woman's place... is in the government

In recent years, female political representation has undergone significant growth, with dramatic changes occurring in unexpected corners of the globe. In some countries women are dominating cabinets and even parliamentary chambers. By comparison, the UK falls far behind, with only 22 per cent of seats in the Commons currently held by women.

Bolivia In the Bolivian cabinet, 10 men are now matched by 10 women. In 2009, women won 25 per cent of seats in the lower chamber, and 47 per cent in the upper chamber.

Costa Rica In 2010, women won 39 per cent of seats in the lower chamber.

Argentina In 2009, women won 39 per cent of seats in the lower chamber and 47 per cent in the upper chamber.

Cuba In 2009, women won 41 per cent of seats in the lower chamber.

Rwanda In 2009, women won 56 per cent of seats in the lower chamber and 35 per cent in the upper chamber.

Mozambique In 2009, women won 39 per cent of seats in the lower chamber.

Angola In 2009, women won 38 per cent of seats in the lower chamber.

Switzerland Has a female-dominated cabinet for the first time. In 2007, women won 29 per cent of seats in the lower chamber.

Germany In 2009, the cabinet had six women and 10 men. That year, women won 33 per cent of lower chamber seats.

Spain Nine women compared with eight men in cabinet. In 2008, women won 37 per cent of seats in the lower chamber.

Norway Equal numbers of men and women in the cabinet. Women won 40 per cent of seats in the lower chamber.

Denmark Nine women and 10 men in cabinet. In 2007, women won 23 per cent of seats in the lower chamber.

Netherlands Three women and nine men in cabinet. In 2010, women won 41 per cent of seats in the lower chamber.

Charlotte Sewell

domingo, 26 de setembro de 2010

China está tentando conter a Índia?

Los nuevos participantes en el Gran Juego

Jaswant Singh

2010-09-24

NUEVA DELHI – Dos “grandes juegos” se desarrollan actualmente en el sur de Asia. Al occidente, Afganistán -y los “yihadistas islamistas”, como los llama Henry Kissinger- desafían el orden internacional. Al oriente, un gran número de tropas chinas han penetrado en  los territorios pakistaníes, en lo alto de las intrincadas montañas del Karakórum de Cachemira, que se encuentran en la pintoresca región de Gilgit-Baltistán, no lejos del helado campo de batalla de Siachen, donde India y Pakistán se enfrentan.

Senge Hasan Sering, de Skardu, dirigente del Congreso Nacional de Gilgit-Baltistán, piensa que el número de tropas del Ejército Popular de Liberación chino ahora presentes "podría superar los 11,000," pues también se ha desplegado "cuerpo de ingenieros de dicho ejército." Es aquí donde China está invirtiendo "miles de millones de dólares en megaproyectos como autopistas, túneles y oleoductos y gasoductos.” “Indudablemente”, señala Sering, “no se debe a un altruismo desbordante.”

Los chinos dicen que algunas de sus tropas están presentes en Pakistán por otro tipo de "desbordamientos", que han sido numerosos en esta parte de Cachemira y en el resto de Pakistán. Las fuertes lluvias monzónicas de este año han causado grandes estragos en la región: interrupción de las comunicaciones terrestres, derrumbe de puentes y destrucción de las viviendas de medio millón de personas en estas montañas – se han quedado sin “casas, tierras, bienes muebles,” o incluso “cementerios.”  Esto supera y se agrega a las miles de personas que en enero perdieron todo debido a las fuertes lluvias en la región de Hunza, que arrasaron varios poblados y crearon un lago artificial muy inestable.

El antiguo “Gran Juego” de Rudyard Kipling ahora tiene nuevos concursantes. En lugar de un imperio expansionista ruso enfrentándose al imperio británico, actualmente es China, hambrienta de tierras, agua y materias primas, la que está flexionando sus músculos e invadiendo gradualmente los reductos himalayos y desafiando directamente a la India.

La incursión de China reafirma el antiguo axioma estratégico de que “la geografía es el verdadero determinante de la historia” –y, en consecuencia, también de la política exterior y de seguridad. Robert Kaplan señala acertadamente que “la geografía india es la historia de invasiones desde el noroeste,” y “los desafíos estratégicos de la India todavía son inherentes a este hecho,” razón por la cual Afganistán, a los ojos indios, está vinculado a la historia del subcontinente, y por consiguiente a nuestro futuro.

También es la razón de que exista una “conexión orgánica entre India y Asia Central”. La clave de ese vínculo se encuentra en el Himalaya, que es donde se centra actualmente la rivalidad entre la India y China. Afortunadamente, al menos por el momento, esta rivalidad es mucho menos impulsiva que las relaciones entre la India y Pakistán, puesto que no se deriva de diferencias históricas.

El deseo de China es liberarse de las limitaciones de su historia y, por lo tanto,  de su geografía. Aparentemente, una China segura de sí misma y relativamente estable tiene que expandirse para que las presiones internas contenidas no la desgarren. Por el otro lado, una India fuerte y estable siempre será una potencia del status quo.

Con estos antecedentes debe evaluarse la disputa más reciente entre la India y China. Varios miles de efectivos del Ejército Popular de Liberación  están destacados sin oposición en el Paso del Kunjerab en la frontera con Xinjiang para proteger la autopista de Karakórum, que también reparan en varios tramos. Después de todo, la carretera es un vínculo vital para la búsqueda de China de un acceso directo al Mar Arábigo. No obstante, esto también es territorio indio, y ahí yace el problema, porque la región está siendo víctima de la progresiva codicia de China, con el consentimiento de Pakistán como cómplice más que dispuesto.

A pesar de las reivindicaciones históricamente establecidas de la India en esta región, China se refiere a ella como territorio “en disputa”, descripción que ha comenzado a ampliar a todo el estado indio de Jammu y Cachemira. Esta clase de trucos verbales para ocultar un objetivo estratégico ya se han utilizado anteriormente. En efecto, hace algunos años, una visita del comandante de la región militar de Lanzhou del Ejército Popular de Liberación al Ladak indio se canceló debido a que Pakistán había protestado –lo que insinuaba que Pakistán tenía una reivindicación legítima sobre la región.

Sería un error suponer que la gran expansión de comercio entre la India y China, que actualmente se eleva a más de 60 mil millones de dólares anuales (y por el que China se ha convertido en el mayor socio comercial de la India) debe conducir a mejorar las relaciones bilaterales. A pesar de la expansión del comercio, China está intentando encerrar a la India en fronteras terrestres y marítimas muy reducidas mediante su llamada política del “collar de perlas”.

Este esfuerzo para rodear a la India por mar con estaciones navales estratégicamente ubicadas desde Hainán en el este hasta Gwadar en el oeste, y por tierra mediante el apoyo a las reivindicaciones falsas de Pakistán que socavan la integridad territorial de la India, llevan el “Gran Juego” a un nivel nuevo y más peligroso. En efecto, la tenaza de Afganistán y Gilgit/Baltistán plantea el desafío más grave a la condición de Estado de la India desde su independencia.

Más aún, la lucha que se libra ahora en la cima del mundo bien podría determinar si este será un “siglo asiático” o un “siglo chino”.

Jaswant Singh, ex ministro de Asuntos Exteriores, de Finanzas y de Defensa de la India, es miembro de la oposición en el Parlamento indio.

http://www.project-syndicate.org/commentary/singh6/Spanish

¿Es China fuerte o débil?

¿Es China fuerte o débil?

Jeffrey N. Wasserstrom

2010-09-22

IRVINE (CALIFORNIA) – El Gobierno de China ha estado usando un lenguaje fuerte últimamente para afirmar su soberanía sobre trechos disputados de aguas internacionales cercanos a sus costas, lo que ha aumentado las tensiones, en particular entre China y los Estados Unidos, y la Secretaria de Estado, Hillary Clinton, ha subrayado que ahora el gobierno de Obama está dispuesto a intervenir para contribuir a velar por una resolución justa de las disputas relativas al mar de la China Meridional. Los portavoces chinos lo denunciaron como una vuelta a la época en que América consideraba que podía –y debía– intentar “contener” a la República Popular.

Una forma de interpretar la retórica elevada de China –y su dura reacción ante las maniobras militares conjuntas de los EE.UU y Corea del Sur– es otro indicio de que los dirigentes chinos han llegado a sentirse sumamente seguros de sí mismos y están deseosos de imponer su influencia a otros países. Sin embargo, la realidad es más compleja. Una mirada más detenida revela que las palabras y las acciones del Presidente Hu Jintao se caracterizan con frecuencia por una mezcla de inseguridad y chulería y que los funcionarios chinos alternan entre conceder importancia al ascenso de su país o quitársela.

Naturalmente, hay momentos en los que los dirigentes de China parecen personas que son conscientes de estar triunfando y quieren que otros lo reconozcan. Antes incluso de las actuales controversias diplomáticas, los dirigentes de China estaban señalando con regocijo a la atención lo mucho más eficaz que había sido su plan de estímulo que el de Obama para contrarrestar los efectos negativos de la crisis financiera.

Y, sin embargo, cuando el mes pasado se supo la noticia de que China había substituido oficialmente al Japón como la segunda economía en tamaño del mundo, en lugar de alardear de haber superado a un ya antiguo rival y tener puestas las miras en el primer puesto, ocupado por los EE.UU, el Gobierno hizo públicas declaraciones en el sentido de que el suyo seguía siendo un país “pobre y en desarrollo”.

La faceta segura de sí misma de la personalidad dividida de sus dirigentes es la que con frecuencia preocupa tanto a los vecinos de China como a los EE.UU. Aun así, es importante recordar que la seguridad del Partido en sí mismo tiene un aspecto positivo. Como ha sostenido el especialista en ciencia política Kevin O’Brien, se puede pensar que la mayor disposición de China a la transacción con algunos manifestantes internos, en lugar de considerar subversivas todas las formas de acción colectiva, refleja una sensación de seguridad cada vez mayor.

A la inversa, se pueden atribuir algunas de las iniciativas más preocupantes de China a sensaciones exageradas de inseguridad. Pensemos en el duro trato dado al insumiso crítico Liu Xiaobao, sentenciado a 11 años de cárcel con acusaciones inventadas de “subversión” por lanzar una campaña de peticiones por la red Internet en pro de las libertades civiles. ¿Se habría mostrado tan asustadiza una minoría gobernante de verdad segura de sí misma ante su activismo?

La faceta de seguridad en sí misma de la personalidad dividida de los dirigentes chinos es fácil de entender. Desde finales del decenio de 1980 hasta 2000, muchos observadores afirmaron que el partido estaba en las últimas, destinado a sucumbir con seguridad a la”extinción leninista” que comenzó con el hundimiento del comunismo en Europa, pero el Partido sigue al mando en la actualidad. Las librerías de los aeropuertos que en tiempos exhibían The Coming Collapse of China (“El próximo desplome de China”) de Gordon G. Chang ahora ofrecen When China Rules the World (“Cuando China gobierne el mundo”) de Martin Jacques.

Entonces, ¿por qué siguen los gobernantes de China recayendo en la duda y el miedo y por qué siguen evitando que se califique a China de superpotencia?

Para empezar, quitar importancia al ascenso de China tiene beneficios prácticos. Contribuye a que se la considere un país “pobre y en desarrollo”, no un gigante económico, porque de las naciones “desarrolladas” se espera que hagan más para luchar contra las amenazas planetarias, como el cambio climático.

Al mismo tiempo, China sigue siendo, en realidad, un país “pobre” en cuanto a la renta por habitante y algunas zonas del país son más similares a secciones de países “en desarrollo” y con dificultades que a las ciudades de China que son atracciones turísticas.

El Partido está en una posición vulnerable... y lo sabe, lo que no es una excusa para la paranoia y la represión, pero simplemente porque el Partido haya durado más de lo que se predecía no deja de tener un talón de Aquiles. Lo más importante es que la irritación por la corrupción y el nepotismo que impulsó las protestas de Tiananmen nunca han desaparecido.

Así, pues, los dirigentes de China siguen dependiendo de una forma de nacionalismo estructurado en torno a relatos victimistas. Ahora basan su legitimidad en la idea de que el Partido, que logró el poder cuando la nación estaba luchando contra la dominación extranjera, es el único en contar con las aptitudes necesarias para impedir que China resulte intimidada en una escena internacional hostil y sólo él puede brindar el ambiente estable necesario para el crecimiento.

La personalidad dividida de los dirigentes chinos explica un fenómeno curioso del que la ex asesora del Departamento de Estado de los EE.UU. Susan Shirk tomó nota en su libro China. Fragile Superpower (“China, superpotencia frágil”). Cuando citó el título del libro a americanos, le preguntaron por qué utilizaba el calificativo “frágil”, mientras que los amigos chinos decían que considerar una “superpotencia” a su país era prematuro.

El título de Shirk sigue reflejando un fenómeno importante que dificulta los asuntos diplomáticos. Los observadores exteriores están cada más convencidos de que China es una superpotencia y necesita mostrar que puede serlo de forma responsable, pero los gobernantes de China sólo a veces hacen suya esa designación... y el Partido sigue actuando a veces como si sólo tuviera un tenue control del poder.

Jeffrey Wasserstrom es profesor de Historia en la Universidad de California en Irvine y director del Journal of Asian Studies. Su libro más reciente es China in the 21st Century: What Everyone Needs to Know (“China en el siglo XXI. Lo que todo el mundo debe saber”).

Para Portugal, Conselho de Segurança sem Brasil é ilógico

Para Portugal, Conselho de Segurança sem Brasil é ilógico

25/09/2010

Primeiro-ministro do país também pediu assento permanente para a Índia e um representante do continente africano durante discurso em Nova York.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O governo de Portugal voltou a afirmar que o Brasil precisa fazer parte do Conselho de Segurança com um assento permanente.

A declaração foi dada, neste sábado, durante o discurso do primeiro-ministro português, José Sócrates, à Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Solidariedade

"Desafia toda a lógica, ou qualquer lógica política, que países como o Brasil ou a Índia, que tem hoje um papel verdadeiramente insubistituível na economia e política internacionais, não tenham ainda assento permanente no Conselho de Segurança. A África também deve fazer parte desse alargamento", afirmou.

O primeiro-ministro português também advogou a participação de países em desenvolvimento na reforma de organizações financeiras internacionais.

"A reforma das organizações financeiras internacionais que está em curso necessita também de envolver os países em desenvolvimento e de envolver também os agrupamentos regionais já consolidados. A participação de todos na fixação das novas regras mundiais dos mercados financeiros é condição que considero absolutamente essencial para essa reforma ter suces so", disse.

Portugal foi o segundo país lusófono a discursar nos debates anuais da Assembleia Geral neste sábado.

O próximo será Timor-Leste.

http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/print/185458.html

Qual o tamanho das reservas de gás na Bolívia?

Transnacionales petroleras manipulan reservas de gas

Mirko Orgáz García

Entre los años 1996-2005, las trasnacionales hicieron subir las reservas de gas de 3 a 28,7 TCF para justificar la “capitalización” de YPFB y estimular proyectos de exportación con bajas rentas para el estado boliviano.

En la edición de La Razón de 7 de agosto de 2010, el ministro de Energía e Hidrocarburos, Fernando Vincenti, sin explicar por qué bajaron las reservas de gas del país en siete puntos, “certificó que Bolivia tiene en la actualidad una reserva probada de gas de al menos 19 trillones de pies cúbicos (TCF, por su cifrado en inglés) suficiente para abastecer holgadamente la demanda interna y externa durante los próximos 20 años”.
Si bien la preocupación del ministro es la exportación del gas como materia prima, (“Tenemos reservas para exportar por lo menos por 20 años más”, dijo), el tema está vinculado a las posibilidades de desarrollar proyectos de industrialización de los hidrocarburos y en base a éstos del país en su conjunto, base del desarrollo con soberanía, un reto histórico que fue bandera central del gobierno del MAS.
Vincenti, añadió a la gubernamental ABI que “el tema de la cantidad de gas que nosotros tengamos como reservas no debe preocupar a nadie. Tenemos el gas suficiente para el mercado interno y el externo”.
Sin embargo, más allá de las despreocupadas declaraciones del funcionario público, el tema preocupa a la nación boliviana, pues sin reservas suficientes es imposible desarrollar procesos de industrialización y el cambio de la matriz energética en Bolivia, dos ejes centrales de cualquier proyecto de desarrollo viable y sostenible para Bolivia.
Actualmente el mercado interno requiere de 1,5 TCF, el contrato con el Brasil, 8 TCF; el de la Argentina 7 TCF, y los de Paraguay y Uruguay, nuevos prospectos del actual gobierno de venta de gas al mercado externo, 3 TCF. Sumando los requerimientos externos e internos, tenemos una cifra por encima de los 19 TCF, lo que certifica que Bolivia carece de reservas suficientes para iniciar procesos de industrialización del gas y el cambio de la matriz energética.
En otras palabras, la cantidad de reservas y su disponibilidad es un requisito básico del proceso de industrialización de los hidrocarburos en Bolivia.

¿Qué pasó con las reservas?

Hasta el año 1997, fecha en que se “capitalizó YPFB, las reservas del país en gas y petróleo eran de 3,8 Trillones de Piés Cúbicos (TCF) y las de Petróleo a 116,1 millones de barriles (MMbbl).
Para el año 2003, 6 años después de la capitalización gonista, las reservas probadas subieron a 28,7 TCF de gas y 486,1 MMbbl de petróleo, según DeGolyer and MacNaughton.
El año 2005, DeGolyer estableció que nuestras reservas de gas eran de 26 TCF Y 465 MMbbl de petróleo.
Con estos datos, el gobierno y analistas pro transnacionales hicieron creer a la opinión pública nacional que la Capitalización había sido un éxito, justificando el desarrollo de una política exportadora del gas como materia prima a los países vecinos, en desmedro del mercado interno y procesos de industrialización.
Sin embargo, entre los años 2005-2006, la última certificación preliminar de DeGolyer señaló que las reservas probadas ya no eran de 25 sino de 19 TCF, cifra que coincide con la que hizo conocer el Ministro Vincenti, calificada por él como “holgadas” para cumplir con los contratos de exportación y el mercado interno los siguientes veinte años, sin ahondar en el análisis sobre esta aritmética petrolera.
Más aún, fuentes vinculadas a la Cámara Boliviana de Hidrocarburos, han señalado que Bolivia solo tendría entre 9 y 10 TCF, debido a la “escasa exploración, excesiva tributación, cambio de reglas y volúmenes exportados a Brasil, Argentina y uso interno”.
Según esta visión, claramente vinculada al poder transnacional, las reservas probadas que han caído de 26 TCF a cerca de 10 TCF, ha provocado que Bolivia ya no sea más el país con las segundas reservas de gas de la región, “lo pueden ser Perú o Brasil”.
Queda claro que estas explicaciones no admiten un análisis riguroso, pues las reservas, en primer lugar, fueron descubiertas por YPFB antes de la capitalización, y durante el actual gobierno del MAS las petroleras incumplieron sistemáticamente sus planes de inversión tanto en exploración como en explotación, expresión contundente de la falsa nacionalización del gobierno de Evo Morales, claro, sin dejar de recibir ganancias extraordinarias los últimos cinco años, gracias a “costos recuperables” arbitrarios.
Peor aún, considerando, por lo alto, un total producido de 45 MMmm3/d de gas entre los años 2005-2010 para cumplir los contratos de exportación a Brasil, Argentina (Chile) y el mercado interno, Bolivia apenas tendría que haber gastado 3 TCF de sus reservas.
Entonces, ¿cuál es la explicación de fondo de este sube y baja de las reservas?

La explicación de fondo

La explicación es que las petroleras bajan y suben las reservas según sus intereses.
Por ejemplo, entre los años 1996-2005, las trasnacionales hicieron subir las reservas de gas de 3 a 28,7 TCF para justificar la “capitalización” de YPFB y estimular proyectos de exportación con bajas rentas para el estado boliviano. Con esta política, las compañías tuvieron ganancias extraordinarias en desmedro del estado boliviano y de los procesos de industrialización en Bolivia.
En este período “neoliberal”, toda discusión sobre el uso interno del gas para Bolivia y procesos de industrialización fue neutralizada y subordinada a la política neoliberal de exportación de gas a los mercados externos.
Cabe recalcar que esta política “neoliberal” de exportar materia prima al mercado externo se mantiene inalterable con el actual gobierno “socialista” de Evo Morales.
Sin embargo, la nueva estrategia que se vislumbra tras los anuncios y declaraciones gubernamentales y pro transnacionales de la disminución de las reservas de gas es generar un ambiente propicio a la “inversión” externa, lograr nuevas concesiones petroleras para las comapñías extranjeras en desmedro de YPFB y aprobar una nueva Ley de Hidrocarburos a la medida exacta de sus intereses, que incluye en otras cosas, la baja de impuestos.
Pasa lo mismo con el anuncio de que no existen “reservas para la industrialización”, cuando se sabe que este tema debía ser encarado como prioridad, por encima de la política “neoliberal” de la exportación del gas como materia prima.
En ambos casos, se trata de generar un sentimiento favorable en la opinión pública nacional a la inexistente inversión externa entregando al poder petrolero millones de hectáreas de nuevas áreas petroleras, con bajo riesgo y haciendo pagar al país los costos de esta nueva etapa exploratoria, como sucedió con la Capitalización.
Así debe leerse el reciente anuncio del gobierno de que se disponen 52 nuevos bloques de exploración y explotación para el capital transnacional, bajo la fórmula del 51% para el estado y 49% para las empresas, que no disimula el control extranjero de nuestros recursos a través de las Sociedades Anónimas Mixtas.
Pero, eso no es todo. Se discute ya la aprobación de una nueva Ley de Hidrocarburos, que según el análisis de los dos proyectos existentes, es más draconiana que la 1689 de Sánchez de Lozada, que incluye la baja de impuestos a las actividades de las empresas petroleras para hacer más atractiva sus “inversiones”.

Quiénes son los responsables del sube y baja

Como se ha dicho, la última certificación en Bolivia data del año 2005 y fue elaborado por la empresa DeGolyer & Macnaughton que fue contratada por anteriores gobiernos y las transnacionales petroleras que operan en Bolivia.
Cabe decir que las estadísticas sobre reservas si bien fueron manejadas por la certificadora DeGolyer & Macnaughton, las empresas petroleras y los anteriores gobiernos también tienen una gran responsabilidad en el ocultamiento de las cifras reales de las reservas en Bolivia.
Es una responsabilidad tripartita, inobjetable, que tiene graves consecuencias por el daño económico ocasionado al estado boliviano.
A pesar de esto, estas empresas transnacionales, como Petrobras, Repsol, British Petroleum, Total Fina Elf y otras, siguen operando en Bolivia.
Recientemente, mediante licitación, Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos Corporación adjudicó la certificación de las reservas de gas natural y petróleo, a la empresa norteamericana Ryder Scott Company Petroleum Consultants.
YPFB pagará 3.9 millones de dólares por este servicio que tiene por objetivo conocer el estado de las reservas de todos los campos productores de hidrocarburos en Bolivia, hasta el 31 de diciembre de 2009.
El informe final debía ser presentado, según contrato, en agosto de 2010, pero fue suspendido sorpresivamente hasta finales septiembre.

Qué hacer

Saber con exactitud la cantidad de reservas existentes en Bolivia nos dará la certeza de tener condiciones para desarrollar procesos de industrialización del gas en Bolivia, al mismo tiempo la conveniencia o no de seguir exportando gas natural en las actuales proporciones y condiciones (bajos precios y con líquidos) a los mercados externos, como Brasil y Argentina, y la diversificación de otros, Chile, Uruguay y Paraguay que ya se están concretando de manera irresponsable por este gobierno.
Se necesita tener información precisa respecto a la existencia de las reservas bolivianas de hidrocarburos y esta era una tarea cumplida antes de la Capitalización por YPFB de manera expedita y con vocación nacional.
Mientras no tengamos la certeza de cuánto de reservas tenemos los bolivianos en hidrocarburos, 10, 19, 26, 50 ó 150 TCF, Bolivia debe usar la totalidad de su gas como energético y materia prima para lograr su industrialización y el cambio de su matriz energética, dando cumplimiento a la tesis del año 2003 de “Gas para los bolivianos”.
Primero, la industrialización del gas para producir Diesel Ecológico que le daría al país la posibilidad de monetizar el millar de piés cúbicos en 15 dólares, el triple de lo que paga el Brasil (5.62 Mmcd).
Segundo, el cambio de la matriz dinamizaría la economía boliviana con energía barata, generando sólo con la sustitución del 50% del consumo de diesel, GLP y gasolina más de mil millones de dólares. Esto sin contar los extensos e intensos procesos de industrialización en todo el país. Esa es la prioridad nacional.
La política contraria es la “neoliberal”, la que continúa el actual gobierno de Evo Morales: exportar gas como materia prima para el desarrollo de Brasil, Argentina (Chile), sin considerar si tenemos las reservas suficientes para satisfacer las necesidades de desarrollo de sus propietarios: los bolivianos.

http://www.bolpress.com/art.php?Cod=2010092101

China, Venezuela, el Canal y el guerrerismo norteamericano

Opinión

China, Venezuela, el Canal y el guerrerismo norteamericano

Jorge Luis Ubertalli

A fines del año 2000, cuando en el horizonte norteamericano y mundial oteaba la figura del cowboy George Washington Bush, se editó el denominado Documento de Santa Fé IV, “El Futuro de las Américas: Temas para el Nuevo Milenio”. Participaron de su redacción conocidos personajes de las usinas neoconservadoras de los Estados Unidos, vinculados al Pentágono, a los organismos de inteligencia, a los empresarios armamentísticos y a la derecha mas recalcitrante del partido Repúblicano, como Lewis A. Tambs, Rachel Ehrenfeld, David Foster, Sol Sanders, el general Gordon Summer Jr., su homólogo John Singlaub y otros personajes vinculados al Centro de Estudios Hemisféricos del Américan Enterprise Institute. Su editor, James P. Lucier, en ese entonces director del staff del Comité de Relaciones Internacionales del Senado norteamericano, indicó en la introducción del paper los porqués de una nueva edición de los ya conocidos Documentos de Santa Fé I y II- el III no llegó a nuestras manos- en la nueva era: las amenazas a la hegemonía norteamericana en el subcontinente.

Denominado el documento de las nueve “D”, en su primera “D”- Defensa- el Santa Fe IV se refiere a los supuestos peligros que acechan hoy a la potencia del norte de América en su denominado patio trasero. Y consigna: “La penetración económica es esencialmente preocupante. Ante todo, lo más evidente es la situación del Canal de Panamá, donde Estados Unidos ha pagado para deshacerse del premio estratégico más importante del hemisferio, sino del mundo.(…) Los hechos son preocupantes. Los dos puertos, en el extremo Atlántico y Pacífico del Canal, están en manos de la Compañía Hutchinson Whampoa , una empresa que tiene vínculos muy estrechos con Beijing. Al mismo tiempo, las compañías de China continental están entrando en profundidad en los diversos puertos de la Cuenca del Caribe, que son fundamentales para la economía de los Estados Unidos, como Freeport en Bahamas…”. Una nueva Guerra Fria se concebía en las mentes de los neoconservadores norteamericanos, el “peligro amarillo” volvía por sus fueros. Y para que no cupieran dudas, mas adelante en el mismo documento se sostenía: “China es el problema estratégico mas enojoso que enfrenta Estados Unidos. Combina todas las múltiples dimensiones que cualquier observador estratégico serio debe considerar. Para quienes se inician, señalamos que tiene una dimensión interna muy importante. China, tanto comunista como taiwanesa, se ha insinuado en nuestra situación interna desde el punto de vista económico, el político- en todos los niveles, desde la Casa Blanca al nivel local- y se está comprometiendo cada vez más desde el punto de vista cultural”, agregándose que China poseía la capacidad para “afectar nuestro futuro”. A pesar de que desde hace tiempo la potencia asiática mantiene estable la moneda norteamericana, simple virtualidad sin relación alguna con los valores de uso que debiera representar, en su papel de atesorar letras del tesoro norteamericano por miles de millones de dólares, además de ser la principal exportadora de productos manufacturados hacia EE.UU., cuyos empresarios, agregándole un 30% de valor, venden al mercado interno o reexportan, sigue siendo el enemigo que los guerreristas y aventureros del norte se encargarían de neutralizar. Mencionando a Sun –Tzu y el Arte de la Guerra, y volviendo a recalcar la importancia de la supuesta penetración china en la Venezuela bolivariana, en Colombia, supuestamente apoyando a las fuerzas “insurgentes, en Canadá y México, el documento enfatizaba que “la próxima administración necesariamente se verá forzada a enfrentar el ‘problema chino’. Es de la máxima importancia que el hemisferio occidental no sea ignorado ni visto como un peón de negociación”.

Ya en carrera la administración Bush , la guerra fria encubierta asoló a Afganistán e Irak. En el primer país, situado en la zona del Mar Caspio, uno de los reservorios más grandes de petróleo y gas de la tierra, EE.UU. se apoyó primero en los talibanes, financiados por la CIA en la década de los 70 para combatir a las tropas soviéticas, y luego los combatió en relación con las concesiones petroleras. Dueños del país a partir del repliegue soviético, y principales cultivadores de opio y productores de heroína del mundo, los talibanes, mimados y financiados por los EE.UU., pasaron a ser los malos de la película cuando adjudicaron a la empresa Bridas la erección de un gasoducto que, pasando por Afganistán, llevaría el fluido a Pakistán y la India, dejando fuera de juego a la norteamericana UNOCAL. Los atentados a las Torres Gemelas del 11 de setiembre del 2001 fueron la justificación para la invasión a Afganistán por las tropas norteamericanas, que impusieron como presidente del país, a través de elecciones digitadas, al antiguo empleado de la CIA y funcionario de UNOCAL, Hamid Kharzai, quien en el 2002 eligió a esta última empresa para construir el gasoducto. Sin embargo, la compra por parte de China de la mitad del paquete accionario de Bridas, puso sobre el tapete y hasta el día de hoy la construcción del ducto, en el marco de una presencia mayor de tropas estadounidenses en ese montañoso, pobre y desértico país. Con respecto a Irak, como se sabe, fue bombardeado e invadido en el 2003 por tropas norteamericanas con la excusa de que el presidente Saddam Hussein fabricaba y tenía en su poder armas químicas. En el marco de una guerra oculta entre la CIA, que se vinculaba con los negocios del crudo, y el Pentágono, cuyos jerarcas se hallaban relacionados con empresas de “reconstrucción” del país una vez destruído, se produjo la denominada Guerra del Golfo que, de alguna manera, rozó a Irán, principal aliado político de China, junto con Siria, en la región, y una de sus fuentes, junto a Arabia Saudita y otros, del crudo que se consume allí. Aunque algunas tropas norteamericanas abandonaron Irak , la nueva administración de Barack Obama se halla en una encrucijada en cuanto a finiquitar de una vez por todas su ocupación, habida cuenta de que no se puede predecir que sucederá allí una vez que el último soldado estadounidense se halla retirado.

En Nuestra América, concretamente en el norte de América del Sur y Centroamérica, los Estados Unidos renuevan sus aprestos belicistas en relación con una guerra fría vinculada, entre otras cosas, a oscuros y oleosos emprendimientos. Y el Canal de Panamá se constituye en el epicentro de la contienda.

A inicios del 2006 la columnista del periódico venezolano El Nacional, Irene Tang, sostuvo que el presidente de la Venezuela Boliviariana , Hugo Chávez Frias, había amenazado, en el marco del creciente conflicto con el gobierno de EE.UU, con “vender las refinerías (de petróleo) ubicadas en Estados Unidos y desviar las ventas de crudo a China, la India y Europa”. Según Tang, aunque el petróleo venezolano era muy pesado y rico en sulfuro, lo que lo hacía poco utilizable en China, la capacidad de este país “para absorber este tipo de petróleo aumenta considerablemente, aunque podría enfrentar problemas comerciales y políticos si decide comprar grandes cantidades de petróleo a Venezuela”. Un año más tarde, y a contrapelo de esos pronósticos, el presidente Chávez se reunió con Li Changchun, miembro del buró político del Comité Central del Partido Comunista de China, para firmar varios acuerdos de cooperación energética vinculados con la exploración, explotación y transporte conjunto de crudo venezolano, que se concretó en un entendimiento entre la empresa estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) y la Corporación Nacional de Petróleos de China(CNPC) para explotar 600 mil barriles diarios de crudo en varias areas de la faja petrolera del Orinoco, enviar 300 mil barriles diarios a China a fines de ese año e incrementar la cifra en 1 millón de barriles diarios en el 2012. En esa reunión se acordó también crear un ente de capital mixto para construir 18 buques superpetroleros que llevarían crudo venezolano a China, producir 13 taladros petrolíferos especiales para zonas difíciles, erigir tres refinerías de crudo en China para procesar petróleo venezolano y constituir un fondo de 6 mil millones de dólares para llevar a cabo proyectos petrolíferos en Venezuela con asesoramiento chino. El 3 de setiembre del mismo año, seis meses mas tarde de concretado el acuerdo chino-venezolano, en Panamá se daban inicio las Obras de Ampliación del Canal consistentes en la construcción de un tercer juego de esclusas, en la que no participa ninguna compañía estadounidense, que permitirá transitar por él, a partir del 15 de agosto del 2014, día en que se conmemorará el primer centenario de su existencia, a buques de gran porte, denominados “Post Panamax”, que cuentan con 366 a 400 metros de eslora (largo), 49 metros de manga(ancho) y 15 metros de calado. Los superpetroleros forman parte de estos buques que, cuando comiencen a transitar por el estrecho panameño, reducirán fletes entre un 7 y 17%, y se ahorrarán alrededor de 6.000 kilómetros para cubrir el trayecto Venezuela- China. En su reunión de marzo del 2007 con el dirigente chino ya citado, Hugo Chávez recordó que Venezuela “era una colonia de EE.UU” y le estaba prohibido suministrarle petróleo a China. “El acuerdo destruyó el mito inventado por EE.UU. “ – principal importador de crudo venezolano y dependiente de ese fluido- “de que la gran distancia hacía irrentables los envíos de crudos venezolano a China”. La ampliación del canal, cuya “defensa” se atribuye EE.UU. a partir de un Tratado de Neutralidad firmado con Panamá y que incluye los anuales ejercicios militares “Panamax” con varias Armadas de la región, se constituye, entonces, en la llave maestra de la operación venezolano-china en cuanto al intercambio energético entre los dos países. Un mayor envío de crudo hacia el lejano oriente perjudicaría a EE.UU., que se quedaría sin el precioso fluido venezolano, o por lo menos se vería reducido en gran parte, lo que incidiría negativamente en su economía, ya carcomida por la recesión y la crisis. En el 2008, el Encargado de Negocios chino en Venezuela, Hiang Pin, señaló que ese año la cifra de inversiones chinas en el país bolivariano había trepado a los 10 mil millones de dólares, con tendencia al alza. La gota desbordó el vaso de la prepotencia norteamericana, y la reacción no se hizo esperar.

El 1 de julio de ese año se anunció desde el Pentágono la recreación de la IV Flota, disuelta luego de la segunda guerra mundial, que supervisaría las tareas de las unidades navales norteamericanas en América latina y el Caribe. De acuerdo con el ya citado Documento de Santa Fe IV, que incluye bajo la órbita estratégica naval al uso del Canal de Panamá, la ruta sureña alrededor del Cabo de Hornos y el control de los estrechos Atlánticos, la IV Flota comenzó a operar bajo el mando del contralmirante Joseph Kernan, ex jefe del Comando de Operaciones Especiales de la Armada, ejecutadas por fuerzas de despliegue rápido adiestradas para las denominadas “guerras de baja intensidad”. En marzo de ese mismo año, tropas colombiano-norteamericanas, con apoyo técnico de los EE.UU., violaron la soberanía de Ecuador y asesinaron a dirigentes de las FARC, preanunciando una guerra entre los dos países que logró evitarse. Poco después, el entonces presidente Uribe y el gobierno de Barack Obana acordaron la instalación de siete bases militares en Colombia, siempre con la excusa del combate al “narcotráfico”, que en su mayoría lindan con la Venezuela bolivariana. A principios del siguiente año, el vicepresidente chino Xi Jiinping visitó Venezuela y acordó con el presidente Chávez ampliar a 12 mil millones de dólares la cooperación entre los dos países para emprender proyectos energéticos. Cinco meses más tarde, el 28 de junio del 2009, un golpe cívico militar derechista derrocó al presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya, y lo obligó a marcharse del país. Del mismo participó personal de la Base Aérea Militar de Soto Cano, o Palmerola, ocupada por los norteamericanos y base de operaciones principales de las operaciones contrarrevolucionarias que se llevaron a cabo contra la Nicaragua Sandinista en los años 80. Zelaya todavía no pudo regresar a Honduras y, posteriormente a la estancia del dictador Roberto Micheletti, que rompió con el ALBA, se realizó una amañada elección de la cual resultó triunfante el candidato Porfirio Lobo, quien hasta hoy se mantiene en el gobierno a costa de innumerables sublevaciones y protestas con su secuela de muertos, heridos y desaparecidos. Tres meses mas tarde de producido el golpe hondureño, se anunció que EE.UU. instalaría dos bases militares en Panamá, una en la provincia del Darién, lindante con Colombia, y la otra en Punta Coca. Provincia de Veraguas, 300 kilómetros al sudoeste de la capital. A inicios del 2010 se produjo el terremoto en Haití, que EE.UU, aprovechó para enviar allí tropas militares y ocupar hasta hoy el empobrecido país. China, por esos mismos días, contando con una tasa de crecimiento del 10,7% en el último trimestre del 2009, dio luz verde a la erección de la primera refinería que procesará 400.000 barriles diarios de petróleo venezolano, en el marco de una menor dependencia del petróleo producido en oriente medio. El emprendimiento, situado en Jieyang, provincia de Guandong, el mayor centro exportador de China, costará 6 mil millones de dólares. “ Es significativo”- sostuvo Víctor Shum, de Purvin & Gertz Co. “La refinería ayudará a que Venezuela logre su objetivo de alejarse de Estados Unidos. Para China, es una gran cantidad de suministro de crudo garantizado”. La respuesta estadounidense no se hizo esperar. El 1 de julio de este año se anunció la llegada a Costa Rica, con la aprobación del Congreso y el visto bueno de la presidente Laura Chinchilla , vinculada a la USAID (Agencia Internacional para el Desarrollo de los EE.UU.), de un contingente de 46 buques de guerra de la Armada norteamericana, 200 helicópteros y aviones de combate y 7 mil marines “para combatir al narcotráfico”. Costa Rica, denominada la suiza centroamericana, que no cuenta con fuerzas armadas desde hace tiempo, se halla ahora ocupada por fuerzas extranjeras que gozarán de inmunidad mientras allí permanezcan, y que se movilizarán por medio de fragatas con capacidad para transportar helicópteros artillados, aviones, catamaranes, buques antisubmarinos y un buque hospital.

Venezuela, junto a Cuba, Bolivia, Ecuador, Nicaragua- en donde el embajador norteamericano hoy se inmiscuye en sus cuestiones internas con vistas a las próximas elecciones, en donde se presume que volvería a triunfar el sandinismo- y los demás países que conforman el ALBA, son los objetivos elegidos por los norteamericanos para promover sus expansiones belicistas. Venezuela cuenta actualmente con reservas probadas de 142.310 millones de barriles de petróleo, de los cuales 235 mil millones reposan debajo de la faja del Orinoco, cuyo Bloque Junín 4 será explotado conjuntamente con China en el marco de un contrato a 25 años. El Canal de Panamá, como dijimos, se constituirá en el 2014 en la via fundamental para los envíos de crudo venezolano al lejano oriente. Estados Unidos se prepara entonces para defender sus negocios y su hegemonía en la región y afila sus uñas. En julio de este año, el presidente de Panamá, Ricardo Martinelli, aliado incondicional de los norteamericanos, montó una provocación a los obreros de la construcción y otros del país en el marco de la aplicación de la Ley 30 o Ley langosta, que estableció la vulneración de derechos salariales y laborales, que tuvo un saldo de varios muertos y heridos y la cesantía de mas de un centenar de trabajadores empleados en la construcción de las nuevas esclusas que se inaugurarán en 4 años. Según se informó, Martinelli pugna por hacerse del control de la Autoridad del Canal de Panamá (ACP), cuya Junta Directiva se halla involucrada en las obras en cuestión.

Las aventuras de la gran potencia del norte, ahora enfocadas en Irán y Corea del Norte, se recrean, aunque todavía con un perfil difuso, en Nuestra América. El Canal de Panamá se constituye en el centro de sus preocupaciones, y el belicismo aumenta.

http://www.bolpress.com/art.php?Cod=2010092006

Chile vive un boom con el cobre, pero su productividad sigue baja

Chile vive un boom con el cobre, pero su productividad sigue baja

26/09/10Innovación. Para aprovechar mejor el crecimiento de sus exportaciones minerales, la economía trasandina necesita diversificar su estructura productiva.

Por Jorge Castro. ANALISTA

El programa de electrificación rural que se ejecuta en China, y que abarca la totalidad del territorio continental, aumentará la demanda mundial de cobre en 1 millón de toneladas en los próximos dos años y medio. Implica que la demanda mundial se duplicará en 5 años (2015). El cálculo de la industria minera australiana es que se va a necesitar más cobre en los próximos 20 años del que fue extraído en los últimos 110 . Chile es el principal exportador mundial de cobre y sus exportaciones -40% de la oferta global- satisfacen 46% de las importaciones chinas.

Las 10 principales empresas chilenas tuvieron un auge de 40% en sus utilidades del primer semestre, con ganancias que ascendieron a U$S 13.334 millones, encabezadas por minería y bancos. Un nivel semejante mostraron 8 de cada 10 de las 507 siguientes. Es el resultado directo del aumento del precio del cobre, que trepó 76% entre enero y junio, hasta alcanzar U$S 3.23 la libra. Por eso, las ganancias de las empresas mineras aumentaron 137.4% en ese período; y el PBI creció 8.5% en el segundo trimestre. En Chile hay una correlación casi completa (75%) entre actividad económica y precio del cobre : cuando el valor de la libra sube por arriba de U$S 3.5 %, el PBI aumenta más de 6%.

Pero la productividad continúa cayendo por quinto año consecutivo. En 2010, la productividad de todos los factores / capital — trabajo (PTF) caería -0.8%; es mejor que el año pasado, en que se hundió -2%, pero también es ya un lustro de disminución sucesiva. La PTF aumentó 2% anual entre 1990 y 1997, pero se ha tornado nula o negativa desde la crisis asiática y entre 2006 y 2009 cayó -1.6% promedio. La OCDE estima que los efectos de las reformas de las décadas del 70 y el 80 se han disipado. Consistieron en el traslado de capital y trabajo de industrias poco competitivas a otras más competitivas basadas en los recursos naturales, pero fue escasa o inexistente la PTF dentro de las industrias surgidas de la mayor innovación.

La estructura económica chilena es altamente concentrada y verticalista , con un número relativamente escaso de protagonistas y sin mayor competencia. Por eso, señala la OCDE, su relación precio-costos es muy superior a la de otros países igualmente intensivos en el uso de recursos naturales (Canadá, Australia, Nueva Zelanda). Esta es especialmente aguda en el sector servicios.

Todo en Chile es muy rígido y concentrado: Estado, sistema político, estructura económica. Es la contrapartida de la estabilidad y del consenso macroeconómico y político de los últimos 20 años.

El PBI creció 6% anual en el segundo trimestre (posterior al terremoto del 27 de febrero de este año), con un incremento de la demanda interna de 19.4%. Pero en mayo aumentó 7.1% y en julio 7.5%. En junio, el precio del cobre aumentó 47.2% anual y continúa la tendencia iniciada en 2003, cuando creció 226% hasta 2009.

Los daños económicos del terremoto ya se han superado.

Ascendieron a U$S 30.000 millones (18% del PBI), con una destrucción del stock de capital de U$S 13.200 millones (3% del total) y una contracción del PBI industrial de 17%. Para alcanzar el nivel de crecimiento de sus exportaciones de cobre -en valor y volumen- con un incremento semejante de la PTF en el resto del sistema económico, Chile necesita reconstruir su sociedad, su Estado y su estructura productiva.

Esto implica multiplicar el número de actores, disminuir la concentración y acentuar la descentralización política . El resultado será pasar a una economía de servicios altamente innovadora y de elevada productividad, que sirva como puente entre Asia y Brasil / Argentina y que reduzca la relevancia omnicomprensiva de la gran minería del cobre en el auge del PBI.

http://www.clarin.com/opinion/Chile-cobre-productividad-sigue-baja_0_342565846.html

Obama e Bob Woodward na Casa Branca?

Can a president lead with Woodward watching?

By Kathleen Parker
Sunday, September 26, 2010; A25

Question of the day: Why do presidents give the White House keys to Bob Woodward?

I ask this with all due deference, respect, hat in hand, cape over puddle and other sundry gestures owed by ink-stained wretches like me to the Most Famous Journalist on the Planet.

Through several administrations, Woodward has become president ex officio -- or at least reporter in chief, a human tape recorder who issues history's first draft even as history is still tying its shoes.

For years he's been the best-selling first read on a president's inner struggles. His latest, "Obama's Wars," exposes infighting in the West Wing over how to handle Afghanistan.

The suggestion that there was discord in the Oval Office over whether to increase troop numbers in a brutal war theater is, frankly, of great consolation. If we don't worry ourselves sick about putting lives on the line, what exactly would we concern ourselves with? Who's dancing next with the stars?

What is of some concern -- at least based on those excerpts that have leaked thus far -- is that the president gets pushed around by the generals. And that impression feeds into the larger one that Barack Obama is not quite commander in chief. He seems far more concerned with being politically savvy than with winning what he has called the good war.

Cognitive dissonance sets in when Obama declares that "it's time to turn the page" in the war that he didn't like -- Iraq -- and that is not in fact over. Fifty thousand troops remain in Iraq, while the surge in Afghanistan seems to be not enough -- or too much for too long, already.

Whatever one's view of circumstances on the ground, whether in the wars abroad or in domestic skirmishes on Wall Street, Obama seems not to be the man in charge. Nor does it seem that he is even sure of his own intentions. One telling exchange reported by Woodward took place with Sen. Lindsey Graham (R-S.C.). In explaining his July 2011 deadline to begin withdrawing troops from Afghanistan, Obama told Graham:

"I have to say that. I can't let this be a war without end, and I can't lose the whole Democratic Party."

How's that? We tell the enemy when we're leaving so the party base doesn't get upset? Well, of course, public opinion matters in war, as in all things. As we've seen before, wars can't be won without the will of the people at home. But a commander in chief at least ought to know what he's fighting for and why he's asking Americans to risk their lives. If it's not a good enough reason to warrant victory, then maybe it isn't any longer a good war.

In another telling anecdote, the president asked his aides for a plan "about how we're going to hand it off and get out of Afghanistan." Apparently, he didn't get such a plan. Whose presidency is this anyway?

The White House reportedly isn't upset with the way the president comes across. His portrayal is consistent with what they consider a positive profile: Obama as thoughtful and reflective. To the list might we add ponderous?

We all want a thoughtful president. As few Democrats tire of reminding us, America and the world have had quite enough of cowboys. But surely we can discard the caricatures and settle on a thoughtful commander who is neither a gunslinger nor a chalk-dusted harrumpher. Surely the twain can meet.

The Woodward Syndrome, meanwhile, presents a dilemma for all presidents. By his presence, events are affected. By our knowledge of what he witnesses, even as history is being created in real time, we can also affect these same events. Is it fair to Obama to critique him as he navigates his own thoughts? Or are we interfering with outcomes by inserting ourselves into conversations to which we were never supposed to be privy?

It's a conundrum unlikely to be resolved. If anything, in our tell-all, see-all political culture, no struggle will go unrecorded or un-critiqued. The need for strong leadership is, therefore, all the more necessary.

There's a saying that seems applicable here: Work like you don't need money, love like you're never been hurt, dance like no one's watching.

Note to President Obama: Lead like there's no tomorrow. No midterm election, no presidential reelection, no party base. Liberate yourself from the Woodward Syndrome, figure out what you think, and lead.

You are commander in chief, after all. Half the country may disagree with you, but they'll respect you in the morning.

kathleenparker@washpost.com

http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2010/09/24/AR2010092404221_pf.html

Petrobras, recuperação do Estado, modelo para o México

Bajo la Lupa

La mayor oferta accionaria de la historia: la desprivatización de Petrobras

Alfredo Jalife-Rahme

Será muy difícil que el genial astrofísico británico Steven Hawking persuada a los brasileños de que Dios no existe (news.yahoo. com, 2/9/10), cuando hasta aseveran que su identidad es carioca.

Ahora estarán más convencidos que Dios es brasileño cuando descolgaron la mayor oferta accionaria de la historia, al haber desbancado las similares operaciones bursátiles de Japón y China, mediante la venta de acciones de la empresa mixta de control estatal, Petrobras, por 70 mil millones de dólares (datos de Reuters que The Financial Times reduce a 67 mil millones, 24/9/10) y que incrementa su control de 40 por ciento a 48 por ciento, según el ministro brasileño de Finanzas, Guido Mantega.

Del total, 42 mil 500 millones de dólares irán directo a las arcas del gobierno por el canje de los derechos de 5 mil millones de barriles de petróleo pre-sal, es decir, 10 por ciento del oro negro recién descubierto en las profundidades del océano Atlántico debajo de un piso de sal y que se calculan en 50 mil millones de barriles –por cierto, el equivalente del hilarante tesoro de Calderón quien, para no variar, ha contribuido con sus antecesores clones neoliberales al desastre energético de México, en general, y de Pemex, en particular.

Las acciones de Petrobras se habían desplomado 25 por ciento debido a la molestia de los accionistas privados de Nueva York y la City, quienes pretendieron sabotear la oferta accionaria que diluía su participación minoritaria (que deseaban en una fase ulterior transformar en mayoritaria controladora).

Fue el megaespeculador cosmopolita George Soros quien encabezó la estampida contra Brasil al soltar un suculento paquete de acciones de Petrobras a las hienas bursátiles (Bloomberg, 14/8/10).

Soros –presunto controlador del ex canciller foxiano Jorge Castañeda Gutman con otros tutti quanti que despachan desde la Torre Omega (presunto edificio de blanqueo del Irán-contras) hasta la Torre Mayor: ambas torres ubicadas en Paseo de la Reforma de la ciudad de México)–, navega con travestismo de filántropo cuando el perturbador libro La guerra de las divisas, del chino Song Hongbing (ver Bajo la Lupa, 22/9/10) lo desnuda como vulgar instrumento de las jugadas financieras letales de los banqueros esclavistas Rothschild (The Financial Times dixit).

La perturbación de los circuitos financieros anglosajones es desgarradora y uno de sus voceros globales, The Financial Times, no lo oculta (lleva un mes de jeremiadas al respecto) al tildar la oferta como una desprivatización (sic) que favorece el control estatal mediante la supraempresa a 100 por ciento estatal Petrosal (Bajo la Lupa, 6/9/09) que controla la propiedad catastral y jurídica del tesoro brasileño en las aguas profundas, mientras Petrobras se consagra a su operación extractiva.

El nominal control estatal siempre ha existido discutiblemente, pero era meramente decorativo y no implica sus alcances efectivos que proveen ahora tanto la dilución privada del restante de las acciones de Petrobras como la supremacía catastral y jurídica de Petrosal.

Es comprensible que a los patrones de Soros (los Rothschild), ya no se diga a sus marionetas tropicales/locales que abominan todo aquello que huela a BRIC (acrónimo de Brasil, Rusia, India y China), les perturbe la desprivatización de Petrobras que significa una derrota geopolítica mayúscula a los intereses israelí-anglosajones de la City y Nueva York (en ese orden) que no digieren la alianza muy creativa del BIT (Brasil, Turquía e Irán; ver Bajo la Lupa,19/5/10).

Jonathan Wheatley, reportero de The Financial Times (24/9/10), coloca en el foco de la acción al presidente Luis Inacio Lula da Silva, quien desde el piso de remates de la bolsa de Sao Paulo exclamó: No era Francfort. No era Londres. No era Nueva York. Fue aquí en Sao Paulo. ¡Olé!

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De izquierda a derecha: el ministro de Finanzas de Brasil, Guido Mantega; el mandatario Lula da Silva; el presidente de Petrobras, Sergio Gabrielli, y Edemir Pinto, presidente de la bolsa de Sao Paulo, el viernes pasado antes de la apertura de operaciones en esa sedeFoto Ap

Las palabras de Lula resonaron en todos los rincones del planeta con excepción del país de los sordos y ciegos de la sindéresis, pero de pletóricos locuaces frívolos, al que después de dos centenarios los neoliberales convirtieron a México: En contraste con el pasado (sic), no estamos aquí para debilitar al Estado, o para rematar (sic) los activos públicos. Un Estado débil nunca ha sido sinónimo de un sector privado poderoso. Otro ¡Olé!

El disgustado Wheatley explaya que el gobierno saliente de Lula recibirá casi 24 mil 500 millones de dólares de capital fresco, como contribución vital a su ambicioso programa de inversiones, la mayor exploración petrolera del mundo, por 224 mil millones de dólares en los próximos cuatro años, mientras conserva así su autoimpuesto techo de endeudamiento a 35 por ciento.

Wheatley, quien habla en nombre de los inversionistas privados anónimos, muy bien representados por su periódico, comenta el temor (sic) de que el gobierno usaría la oferta accionaria para incrementar su control de Petrobras al reducir la participación de una minoría de accionistas. ¡Todo lo contrario de lo que ejecutan (en el doble sentido del verbo) los neoliberales priístas y panistas con Pemex cada vez más desmantelado!

La mayor oferta accionaria de la historia fue sobresuscrita en más de 20 mil millones de dólares, casi 30 por ciento, por lo que hay que aprovechar al mercado que ahora anda caliente en búsqueda de papel brasileño.

Es probable que después del triunfo electoral de Dilma Rousseff, candidata ungida por Lula para preservar el patrimonio petrolero estatal de los brasileños, Petrobras lance otra oferta que seguramente se pelearán los Fondos Soberanos de Riqueza (SWF, por sus siglas en inglés”) –fondos con sumas monumentales propiedad de los estados que participan en las bolsas globales.

Amén que los SWF, primordialmente provenientes de Medio-Oriente y Asia, exhibieron su poderosa musculatura bursátil durante la mayor oferta accionaria de la historia, Wheatley conjetura que “entidades (sic) del sector público (sic) de Brasil adquirieron 65 por ciento de las acciones vendidas.

¿Bien usó Brasil parte de sus reservas foráneas de divisas, octavo lugar mundial, que ascienden a 273 mil millones de dólares (hasta el 10/9/10, Banco Central de Brasil)?

El otrora obrero metalúrgico Lula, merecedor a carta cabal del Premio Nobel de la Paz, no sólo se ha encumbrado como óptimo estadista a escala global (basta compararlo con la diminutez involutiva de los panistas Fox y Calderón y sus gabinetes respectivos: verdaderos voladores Papantla pero sin mástil), sino que, además, le dio el pase presidencial a Dilma Rousseff, eficiente operadora de la desprivatización de Petrobras, según la expoliadora semiótica británica, cuando para nosotros significa primigenia y semiológicamente más una restatización de la linealidad histórica: una dinámica más geopolítica que financierista que ya habíamos advertido y que expusimos ante los sordos y ciegos de la sindéresis pero muy locuaces senadores frívolos del México neoliberal: una cuestión de enfoque filogenético, catastral y jurídico nada despreciable. Porque no se puede desprivatizar lo que fue adquirido por la pirata conquista bursátil durante el neocolonialismo y la desregulada globalización financierista anglosajona.

Lula no desprivatiza, sino restatiza. No es lo mismo.

http://www.jornada.unam.mx/2010/09/26/index.php?section=opinion&article=018o1pol

Alarma a la FAO incremento y volatilidad en el precio de cereales

Alarma a la FAO incremento y volatilidad en el precio de cereales

Alzas, más por la especulación que por el comportamiento real del mercado, asegura

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De la redacción

Periódico La Jornada
Domingo 26 de septiembre de 2010, p. 25

El incremento y la volatilidad en el precio de los cereales se constituye como la mayor amenaza para la seguridad alimentaria, afirmó un grupo de expertos de 75 países reunidos este fin de semana en Roma, convocados por la Agencia de Naciones Unidas para la Agricultura y la Alimentación (FAO).

El encuentro coincidió con la publicación de un reporte en el que el mismo organismo da cuenta que de julio a septiembre los precios internacionales del trigo aumentaron hasta 80 por ciento y del maíz 40 por ciento. Los del arroz, en cambio, tuvieron un comportamiento moderado, al subir siete por ciento en estos meses. Estos tres granos constituyen la base de la pirámide alimentaria en todo el mundo.

En la reunión especial en Roma para analizar la situación alimentaria, los expertos señalaron que los incrementos en los precios de los cereales en los días recientes responden a la especulación, más que al comportamiento del mercado.

Destacaron que, en el caso del trigo, el alza en los precios se presentó ante los temores de escasez, luego que a principios de agosto Rusia –que hasta el año pasado se había constituido como el tercer exportador mundial de trigo– prohibió las ventas del grano al exterior en lo que resta del año, tras la sequía que azotó al país desde abril pasado y que se agravó por una ola de calor sin precedentes en julio y agosto afectando la cuarta parte de sus cultivos.

Los especialistas apuntaron que al veto a las exportaciones rusas se suman las políticas de otros países para comprar altas cantidades de granos (como el caso de Egipto), para asegurar su consumo interno, hechos que han generado la inesperada escalada de precios y mantienen los altos niveles de volatilidad.

El documento Perspectivas para las cosechas y la situación alimentaria, publicado el pasado viernes por la FAO, reporta que el incremento en el precio de los cereales se ha traducido en el encarecimiento de los alimentos en todo el mundo, sobre todo en los países pobres que importan esos granos.

El documento señala que una tonelada de trigo de origen estadunidense cuesta actualmente 309 dólares, es decir, 55 por ciento por encima de promedio hace un año. Apenas en junio pasado el cereal se vendía por debajo de los 200 dólares, sin embargo, a partir de julio comenzó la escalada y a principios de septiembre rebasó los 300 dólares.

La FAO apunta que el trigo es el cereal que más se ha encarecido, a raíz del alto a las exportaciones rusas y en el mercado europeo su precio se elevó hasta 80 por ciento en algunos países.

En el caso del maíz, en junio costaba 150 dólares y para septiembre sobrepasó los 200 dólares, superando así los 160 dólares en los que se vendía hace un año. El arroz por su parte es el que ha presentado un aumento más reservado en el mercado estadunidense, pues de alrededor de 470 dólares en junio, ahora se vende en 500 dólares, aún por debajo del nivel de hace un año.

El documento también da cuenta que en 2008 el nivel de producción de trigo era cerca de 2 mil 300 millones de toneladas, mientras que la demanda era de alrededor de 2 mil 200 millones de toneladas. Es decir, durante la crisis alimentaria, el nivel de existencia de trigo era superior en 100 millones de toneladas.

Sin embargo, la FAO reporta que actualmente los niveles de producción y requerimientos del trigo están prácticamente a la par, en un nivel ligeramente por encima de las 2 mil 200 millones de toneladas.

El organismo de Naciones Unidas advierte que el incremento en el precio de los cereales se ha traducido en el encarecimiento de los alimentos en todo el mundo, sobre todo en los países pobres que importan esos cereales y que requieren ayuda internacional.

Señala que son 30 los países que dependen de asistencia, en su mayoría los africanos Sudán, Etiopía, Somalia y Niger, entre otros. En estos casos, apunta el documento, existen otros factores que agraban el problema alimentario, como son las guerras civiles, la situación de refugio y problemas de inseguridad. Además se suman los desastres naturales que han afectados vastos cultivos en países asiáticos, como Pakistán.

En América Latina, Haití sigue siendo el más afectado, pues a los problemas de pobreza e inseguridad se añaden los efectos del terremoto de enero pasado; además, países centroamericanos como Guatemala, Honduras, El Salvador y Costa Rica han padecido los temporales que han afectado los cultivos de granos como el maíz.

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Tras la reunión este fin de semana en Roma los expertos de la FAO reconocieron la necesidad de intensificar los trabajos para combatir de raíz las causas del encarecimiento de los alimentos y recomendaron mejorar la transparencia y labor, asociados a los riesgos y las nuevas fuentes de volatilidad en los mercados.

Importaciones de maíz crecieron 13.8% de enero a julio pasados en México: Inegi

Susana González G.

Las importaciones de maíz subieron 13.8 por ciento entre enero y julio de 2010 en comparación con igual periodo del año pasado, aún cuando la oferta nacional del principal grano básico de México no ha dejado de crecer en los años recientes, indican las estadísticas más recientes sobre el sector alimentario del Instituto Nacional de Estadística y Geografía (Inegi).

En esos siete meses las importaciones en general subieron 13 por ciento, pero además de que el maíz superó esta cifra es el alimento por el que México desembolsa más dinero en el exterior que cualquier otro.

Así las importaciones del grano ascendieron a 994 millones 257 mil dólares de enero a julio, lo que implica que el país gastó 120 millones de dólares más en términos anuales.

Tal aumento rompe con la reducción en las importaciones del grano que se produjeron entre 2008 y 2009, una vez pasada la crisis de la tortilla que estalló al comenzar el sexenio del presidente Felipe Calderón y cuando el alimento se encareció 40 por ciento.

Los informes sobre la balanza comercial indican que el máximo tope de importaciones de maíz se alcanzó en 2008 al llegar a 2 mil 391 millones de dólares, 35 por ciento más respecto a lo que se compró en 2007.

Pero el año pasado las compras externas de maíz se desplomaron 40 por ciento, ya que sólo ascendieron a mil 436 millones de dólares, según el Banco de México y el Inegi, pero esa tendencia se interrumpió en los meses referidos de 2010.

A lo anterior se suma la advertencia que hizo la Organización de Naciones Unidas para la Agricultura y la Alimentación (FAO) en su informe Perspectivas de cosechas y situación alimentaria sobre la reducción de la producción de algunos cereales en México como consecuencia de las inundaciones y deslaves provocados recientemente por los huracanes Karl y Alex en Veracruz, Nuevo León y Tamaulipas.

El organismo recuerda que más de la mitad de la producción anual de cereales del país proviene de los llamados cultivos de temporal, pero que el paso de Karl causó extendidos daños en Veracruz y afectó a más de medio millón de personas, mientras que los efectos de Alex en Tamaulipas ha provocado pronósticos desfavorables en la producción de sorgo.

Los cuatro básicos

Además del maíz, México importa otros cuatro granos básicos: trigo, arroz, sorgo y soya, así como una categoría clasificada por el Inegi como cereales trabajados de otro modo, excepto arroz.

Con excepción del arroz y la soya, todos registraron un incremento en las compras al exterior; en conjunto se pagaron 2 mil 857.4 millones de dólares de enero a julio.

El aumento en las importaciones por granos básicos fue de 5.5 por ciento en términos anuales, menos de la mitad del incremento correspondiente al maíz.

La soya es el segundo alimento que más importa México y lo que se gasta para conseguirlo en el exterior casi se aproxima a las cifras del maíz: 877 millones 559 mil dólares de enero a julio de 2010, lo que implica una reducción de 1.1 por ciento respecto a igual periodo del año pasado.

Las importaciones de trigo y morcago crecieron sólo 2.8 por ciento, pero por ellas se pagaron 472 millones 697 mil dólares, mientras que las de sorgo se incrementaron 10 por ciento al llegar a los 278 millones de dólares.

Otros cereales incluidos en las estadísticas subieron 5 por ciento en sus importaciones, por las que se pagaron 42 millones de dólares.

En contraste descendió la compra de arroz en 0.7 por ciento, cereal por el que se pagaron 192 millones de dólares.

Políticos, a mesma imagem em todo lugar

Omar

Diputados, primer lugar en obesidad

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sábado, 25 de setembro de 2010

O corpo de Lula e o pacto social

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O corpo de Lula e o pacto social

Além de brindar os ‘mais pobres’ no projeto político, presidente tratou de cooptar os ‘muito ricos’

25 de setembro de 2010 | 12h 32

Tales A. M. Ab'Sáber - especial para O Estado

Lula deu início a seu governo declarando de modo desafiador e irônico que surpreenderia fundamentalmente tanto a direita quanto a esquerda. Afora o que há de autocomplacência lépida e demagogia comum na frase, de resto dimensões narcísicas do discurso que o político e seu governo jamais aboliram, há nela, em seu fundo, uma verdade política explícita forte, que acabou por se confirmar historicamente.

O principal da frase não é seu tom paradoxal e triunfante, a célebre tendência falastrona do presidente, da qual ele próprio é autoconsciente, mas a clara referência a fazer uma política que intervenha nos dois polos opostos da vida nacional, o claro desejo de articular os extremos em seu governo, e desde já podemos dizer, em seu corpo, de modo a que as posições políticas limites acabassem por suspender, rever e inverter seus próprios critérios, uma a favor da outra. E de fato este projeto foi desenvolvido, consciente ou inconscientemente, de modo determinado e por golpes do acaso, ao longo de seus dois governos.

Esse foi o paradoxo social e político do governo Lula. Ele foi expresso em duas dimensões: uma, junto à massa de pobres que aderiu pessoalmente ao presidente, como lulismo; outra, como pragmatismo e grande liberdade liberal, tanto para a economia quanto para os velhos e bons negócios da fisiologia e do amplo patrimonialismo brasileiro mais tradicional. O fato de um novo grupo, o do partido do presidente e dos sindicalistas ligados a ele, adentrar o velho condomínio do poder não representava problema suficiente para as velhas estruturas de controle político nacional, ainda mais se isso significasse, como acabou por se confirmar, o fim da tensão classista e contestatória própria à tradição histórica petista.

O fim incondicional da perspectiva de luta de classes do Partido dos Trabalhadores, e sua adesão enquanto partido no poder à tradição política imoral e particularista brasileiras, foi o primeiro e muito importante movimento político realizado pelo governo Lula, em sua busca de consenso em todo o espectro da vida social brasileira. Derrotado o próprio habitus de oposição de seu partido, que chegava ao poder através do corpo transferencial - ou seja, amoroso - de Lula, realizou-se sua primeira grande mágica política: a dissolução de qualquer oposição real ao próprio governo.

Isso por que, de fato, o segundo muito claro e ainda mais fundamental golpe, este de caráter econômico, simplesmente deixou a oposição à direita do governo durante anos sem objeto e sem discurso, para além de sua tradicional e dócil tendência de agregação a todo poder efetivo: Lula entregou inteiramente as grandes balizas macroeconômicas essenciais do país às avaliações e às tensões particulares do mercado interno e global, ao autonomisar na prática o Banco Central, realizando assim uma velha demanda neoliberal e peessedebista, além de colocar em sua direção um verdadeiro banqueiro internacional puro-sangue, Henrique Meirelles, ex-presidente do Bank Boston. Assim ele simplesmente se apropriou sub-repticiamente da árdua herança econômica tucana.

Esse golpe, como não poderia deixar de ser, atingiu profundamente as bases ideológicas e práticas da direita local. Através dele, com um gesto de cordialidade que seria retribuído, Lula simplesmente roubou a verdadeira base social tucana. Além de constelar as classes muito pobres em seu projeto político, o que já foi demonstrado por André Singer, Lula também cooptou amplamente os muito ricos, movimento sem o qual não se pode explicar o grande consenso que se criou ao redor do seu nome. Nas vésperas de sua segunda eleição, grandes banqueiros declaravam explicitamente nos jornais que para eles tanto fazia a vitória de Lula ou de seu rival conservador de então, Geraldo Alckmin. O que, de fato, creio que era uma inverdade. Eles preferiam Lula.

A grande direita econômica se realinhara ao redor de um governo neopopulista de mercado, que buscava realizar seu pacto social, que não foi escrito como o de Moncloa, mas garantido pelo corpo carismático especial de Lula. Era bom um governo a favor de tudo que pacificasse e integrasse as tensões sociais brasileiras tendo como único fiador mágico o corpo transferencial de Lula, a radicalidade de seu carisma.

O terceiro elemento muito poderoso na construção do amplo pacto social lulista foi a tão ampla quanto propagandeada política de bolsas sociais, articulada a uma imensa expansão do crédito popular, que, se não realizou a cidadania plena dos pobres de nenhum modo, lhes deu a importante ilusão de pertença social pela via de algum baixo consumo, o que, dado o estado atual de regressão das coisas humanas, é o único critério suficiente de realização e felicidade. E, também, de realização do próprio mercado e da produção local, que se aquecia, ficando feliz, bem feliz - como foi feliz a própria cultura soft e popzinha cheia de cantoras malemolentes do período. Lula passou a ser um grande agenciador do desejo geral ao ensaiar um mínimo circulo virtuoso na economia, com uma social democracia mínima, fundada de fato sobre o pacto político estranho que realizou. Resultado: certa vez ouvi, no mesmo dia, de um barão banqueiro e da diarista que trabalha em casa a mesma frase: "Lula fez muito bem para o Brasil".

Assim definitivamente, pela desmobilização da tradição crítica, pelos interesses graúdos bem garantidos, com boas perspectivas de negócios, e pelos pobres podendo sentir o gostinho de uma TV de plasma comprada em 30 meses, não havia por que existir, de nenhum modo, oposição política ao governo do então presidente, ex-pau de arara, ex-metalúrgico, ex-sindicalista, ex-socialista petista. Sua aprovação bateu e se manteve nos 80%, respondendo, de modo desigual, mas combinado, a interesses concretos diversos, articulados em seu corpo garantia, o que, considerando-se as clivagens ainda radicais do País, não deixa de ser uma verdadeira política do absurdo.

Para o desespero dos chiques entre si tupiniquins e paulistanos, Lula também continuou a sinalizar simbolicamente, abertamente, aos pobres com seu antigo habitus de classe, em festas juninas, churrascos com futebol e isopores de cerveja na praia privativa da Presidência, além do famoso futebolês, e assim convencendo-os facilmente e oniricamente, via identificação carismática - seu corpo transferencial - que eles não poderiam esperar nenhum ganho social para além dele, que ele, que era um deles, representava o limite social absoluto dos interesses dos pobres no País.

Ao final do período, um dado fantástico entrou em cena: com a falência adiantada, a partir de 2008, do capitalismo financeiro americano e europeu, o Brasil, com seu governo de esquerda a favor de tudo, se tornou um verdadeiro hype político e econômico global. Pela primeira vez na história deste País, dada a regressão e paralisação geral do sistema internacional, o Brasil, sempre algo avançado e algo regredido nas coisas da civilização, tornou-se "inteiramente contemporâneo" do momento atual do capitalismo global, que, em grande dívida consigo mesmo, não representava mais medida externa para países periféricos como o nosso. Noutras palavras, o capitalismo geral deu um grande passo na direção de sua brasilianização.

Assim, era necessário que surgisse tanto um novo modelo conservador que desse conta da avançada ruína neoliberal quanto uma injeção de esperança econômica para a crise geral, e nada como um bem-comportado mercado emergente como o brasileiro, satisfeito e integralmente convencido pelo sistema das mercadorias, para reanimar a ideologia mais ampla. Tudo isso Lula amarrou em seu amplo pacto, tramado em seu corpo retórico, que também tinha um grande potencial simbólico pop para a indústria cultural global, significante advindo do todo, nada estudado pelos cientistas sociais. Ele virou o cara, para um Obama em busca de alguma referência para o próprio descarrilamento econômico e social de seu mundo.

Enfim, liquidando a oposição, mantendo as práticas políticas fisiológicas tradicionais brasileiras, roubando a base social real da direita, promovendo uma mínima inserção social de massas pela via do consumo, exercitando seu carisma identificatório e pop com os pobres e com a indústria cultural global e servindo como modelo para o momento avançado da crise do capitalismo central, Lula simplesmente rapou a mesa da política nacional. Além, é claro, de sua proverbial estrela: no mesmo período o país descobriu petróleo e foi brindado pelo mercado do fetichismo universal da mercadoria com uma Copa do Mundo e uma Olimpíada! Certamente deve haver algum método, se não muito, em tal ordem fantástica das coisas.

Sua estrela, seu corpo carismático e sua habilidade pragmática, macunaímica para alguns, bras-cubiana para outros, certamente midiática e pós-ética, realizaram, com poucos mortos e feridos - aparentemente, sacrificou-se apenas a perspectiva crítica da esquerda, que é a minha - um verdadeiro pacto social a favor que, enquanto o PT de fato existiu, a direita jamais conseguiu realizar neste país.

TALES A. M. AB’SÁBER É PSICANALISTA E PROFESSOR DE FILOSOFIA DA PSICANÁLISE NO CURSO DE FILOSOFIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP). É AUTOR DE O SONHAR RESTAURADO - FORMAS DO SONHAR EM BION, WINNICOTT E FREUD (ED. 34, 2005)

http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,o-corpo-de-lula-e-o-pacto-social,615209,0.htm