"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

quinta-feira, 11 de março de 2010

Subsidiárias brasileiras exportam gestão e inovações

São Paulo, segunda-feira, 08 de março de 2010


Subsidiárias exportam gestão e inovações

Unidades brasileiras viram referência para as matrizes ao criar modelos de negócios e produtos que são depois adotados em outros países
Carrefour passou a apostar no formato de "atacarejo", criado no país; AmBev levou estilo de administração brasileiro para a sede belga
DA REPORTAGEM LOCAL

A contribuição do Brasil para as multinacionais não fica só na remessa de lucros e dividendos. Cada vez mais, o país tem exportado modelos de gestão, serviços e inovações. O exemplo mais emblemático é o do time de altos executivos da Ambev, que hoje comanda a AB Inbev, a maior cervejaria do mundo.
Sob a liderança de Carlos Brito, ex-presidente da Ambev, a AB Inbev se tornou a cervejaria mais lucrativa do mundo, com margens de 35%. O estilo agressivo, com altas bonificações por performance e a obsessão pelo controle de custos, rende elogios no mercado financeiro -mas é também fonte de conflitos com trabalhadores, políticos e a comunidade em geral na Bélgica, sede do grupo.
Uma das grandes apostas da rede francesa Carrefour é o "atacarejo" -mistura de atacado com varejo inventada no Brasil. A bandeira Atacadão, que comprou em 2007, acaba de ganhar sua primeira loja internacional, na Colômbia. A Argentina é o próximo destino e deve ter uma até o final do ano. Uma equipe foi montada só para estudar oportunidades de expansão do formato, inclusive para mercados como China, Indonésia e a própria França.
O Brasil virou referência também para a anglo-holandesa Unilever e cada vez mais tem sido palco de lançamentos globais. Foi aqui que nasceu a estratégia de valorização da marca Unilever como meio para alavancar as vendas, e não apenas do ponto de vista institucional. "Hoje existe um time discutindo globalmente como trabalhar melhor a marca Unilever, e o caso do Brasil é referência", afirma o vice-presidente corporativo da Unilever, Luiz Carlos Dutra.
Em 2000, só 7% da população sabia que as marcas Omo, Lux e Hellmann's pertenciam à Unilever, segundo uma pesquisa. No ano passado, após dois anos de campanha, o reconhecimento espontâneo subiu para mais de 50%. Segundo Dutra, a mudança é reflexo de um investimento agressivo em marketing: a empresa gastou R$ 3,6 bilhões com a compra de mídia nos últimos dois anos (somados) e é hoje o segundo maior anunciante do país, de acordo com o Ibope Monitor.
Apesar de o berço do design ser a Itália, o Brasil tem produzido soluções e inovações que já viraram referência para o grupo Fiat. Um exemplo são os modelos chamados de "off-road light" -com suspensão elevada, parachoques reforçados, mas sem a tração nas quatro rodas e de uso mais urbano. O primeiro "off-road light" foi o Palio Adventure, lançado em 1999 no Brasil e que hoje está presente em diversos países.
Criado em 2006 para atender apenas a Nestlé Brasil, o centro de contabilidade da companhia em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, hoje presta serviço para 20 países da América Latina. Um grupo de 500 funcionários faz o atendimento remoto para esses países, realizando operações de contas a pagar e a receber e também o gerenciamento de folhas de pagamento.
(MARIANA BARBOSA)

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0803201004.htm

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