"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Diplomacia CDF?

Ao fazer algumas observações recentemente, me surgiu uma questão. Há um retrocesso na formação do quadro de diplomatas brasileiros. Não a formação intelectual, mas a personalidade. O formato atual da prova, o aumento do número de vagas fizeram com que o perfil de candidatos fosse sendo modificado. Antes era um concurso elitista, a seleção não era exatamente daqueles que haviam se esforçado mais para ter decorar coisas, para ter os conhecimentos necessários, para dominar os idiomas estrangeiros, os aprovados eram regra geral que tinha algum tipo de vivência que fazia com este conhecimento parecesse algo natural, vinha da família, dos círculos sociais que frequentava, alguns da formação de seminaristas, e outros de um dedicação individual, de um esforço individual para elevar o seu nível cultural. Na medida em que o concurso foi se popularizando os cursinhos para o Instituto Rio Branco se popularizaram. Cursos preparatórios sempre existiram, mas eram pequenos e exclusivistas. Agora são populares, recebem todos, sendo que a maioria não tem condições nem de começar a preparação ainda quanto mais ser aprovado. Por outro lado, a fórmula cursinho associado ao tipo de questão atual se torna o paraíso do cdf, da personalidade introvertida, tímida, mas que é excelente em memorização, irá lembrar para marcar na prova se o tratado tal  foi ratificado pelo Brasil com ou sem ressalvas. Mas interessa ao Brasil selecionar os candidatos que se lembram se o tratado X foi ratificado com ou sem ressalvas? Neste caminho é provável que se forme uma geração de diplomatas com muita informação, mas sem iniciativa. E se forem um conjunto de diplomatas tímidos, sem inciativa e com ideias liberais, aí sim será o fim, diplomacia CDF e liberal.

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