"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

terça-feira, 10 de julho de 2007

Heloísa Helena na corrida presidencial, boa notícia?

Veja abaixo notícia do Jornal do Brasil sobre o desempenho de Heloísa Helena nas pesquisas para presidente da República. Será Heloísa Helena o novo Lula? A nova chance da esquerda chegar ao poder depois de 20 anos de domínio do neoliberalismo?

Heloísa ressurge como alternativa

Heloísa ressurge como alternativa Longe das benesses do poder, mas perto do pulsar das ruas - como diria Franco Montoro - aos poucos o PSOL, capitaneado pela combativa ex-senadora Heloísa Helena (AL), começa a se consolidar como real alternativa de centro-esquerda à polarização PT-PSDB. É o que se pode depreender da sondagem realizada, entre os dias 2 e 6 de julho, pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS). O instituto quis saber em quem os entrevistados votariam se as eleições para presidente da República fossem hoje.

No cenário com a presença do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), Heloísa Helena (PSOL) aparece em segundo lugar com 14,8% das intenções de votos, atrás do próprio presidenciável tucano, que lidera a pesquisa com 20,7%. Em seguida, figuram o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) com 14%, o senador Cristóvam Buarque (PDT-DF) com 6,1% e o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), com 4,3%. A lanterna, para o desespero de setores do PT, é segurada pela ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT-SP) com 3,3%.

Mas é na ausência de Serra que Heloísa consegue seu melhor e mais alvissareiro desempenho. No cenário em que o candidato do PSDB é o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB-MG), a ex-senadora do PSOL lidera a sondagem com 17,3% das intenções de voto. Aécio aparece em segundo com 15,7% numa espécie de empate técnico com Ciro, que registra 15,5%.

Claro, pesquisa é o retrato do momento, e a ex-senadora pode ter ganhado musculatura pelo fato de o PSOL ter vocalizado no Congresso, durante os últimos meses, a insatisfação de fatia considerável da população com os sucessivos escândalos na política. Embora esteja afastada do centro do poder, Heloísa Helena soube capitalizar, por exemplo, com a crise envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ex-senador Joaquim Roriz (PMDB-DF). Foi o PSOL, Heloísa à frente, o autor das representações contra ambos por suposta quebra de decoro no Conselho de Ética da Casa.

Mas sobre a constatação de que, na ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva parte da expressiva da população começa a enxergar a líder do PSOL como uma alternativa concreta de poder, não pairam dúvidas, diz o cientista político Geraldo Tadeu Moreira Monteiro, diretor-presidente do IBPS. Também não podem ser desconsiderados os 6,5 milhões de votos obtidos por Heloísa nas últimas eleições presidenciais.

- Das eleições para cá, a sucessão de escândalos, muitos deles trazidos à tona pelas operações da Polícia Federal, gerou na opinião pública uma espécie de cansaço e indignação que se expressam no voto em Heloísa Helena - disse Geraldo Tadeu.

A pesquisa, feita pelo telefone, ouviu 2002 pessoas nos 27 Estados e Distrito Federal. A margem de erro é de 2,2%.

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