O senso de responsabilidade e a culpa são fundamentais para a sociedade!

Citando o poeta austríaco, Arthur Schnitzler, Frankl diz que há apenas três virtudes, a objetividade, a coragem e o senso de responsabilidade. Nos livro ele associa cada uma destas virtudes a uma das três escolas de psicoterapia vienenses, à psicologia adleriana corresponderia a coragem, à psicanálise freudiana, a objetividade, e à logoterapia o senso de responsabilidade.  Ao colocar o senso de responsabilidade como o centro da vida humana, a logoterapia pretende resolver o problema existencial básico do sentido da vida. O objetivo é que o indivíduo perceba que não há um sentido pré-determinado (por exemplo, a salvação da alma), mas a vida também não é vazia, ao contrário ela deve ser preenchida de sentido. Cada indivíduo deve descobrir e associar um sentido a sua vida, algo que o trascenda, algo que significa não apenas a realização de um desejo egoísta, mas que siniliza alguma coisa para os outros. Seja uma obra que os outros irão usufruir coletivamente, seja uma forma de viver. Digamos que a virtude mais escassa na sociedade contemporãnea é de fato o senso de responsabilidade. Qual o padrão de comportamento?Jogar a culpa por tudo que nos ocorre nos outros. Sempre que alguma coisa dá errado na nossa vida tendemos a atribuir ao outro a culpa e sempre que as coisas dão certo colocamos apenas em nós o resultado. Ora, sejam os governantes, sejam os eleitores, sejam os alunos, sejam os consumidores, qualquer classe de pessoas vive fugindo a responsabilidade pessoal. Vejamos, não vou nem citar o Lula porque seria uma análise fácil. Os funcionários que colocavam soda cáustica no leite são irresponsáveis? os pais que compram brinquedos chineses que agora se descobrem intoxicados, exceto os muitos pobres que vivem na completa ignorância, não são responsáveis? No mundo de hoje, os pais ainda se sentem culpados pelas besteiras que os filhos aprontam? E quando os filhos aprontam os pais fazem os filhos assumir a responsabilidade ou arrumam desculpas? A ausência de senso de responsabilidade corrói ainda mais a sociedade que o relativismo. E ao mesmo tempo, a ausência de senso de responsabilidade é produto também do relativismo na medida em que igualou moralmente todos os comportamentos. E agora serei freudiano, a sociedade é impossível se os indivíduos não sentem culpa.