"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Stálin

Um aluno me perguntou há alguns dias se havia algo de bom que poderia ser dito a respeito de Stálin, eu acrescentaria que ele estava pensando em algo que os outros, além da própria mãe de Stálin, pudesse ver de bom. Isso mostra o quanto é difícil para quem quer ser de esquerda lidar com o stalinismo. Já contei aqui como os autores do site www.marxists.org discutiam se Stálin deveria ser colocado entre os marxistas ou não. Logo depois da pergunta do meu aluno, alguém na lista de discussão marxism colocou em discussão a mesma questão, se havia algo positivo que poderia ser dito a respeito de Stálin, no entanto a discussão não prosperou ao contrário da discussão sobre se os socialistas deveriam escrever Great Britain. A discussão não prosperou porque de uma forma geral Stálin continua sendo um problema para a esquerda. É claro que Ceausescu foi pior, que Kim Il Sung, ou Enver Hoxha certamente foi mais tirânicos que conspurcaram mais a idéia socialista. O problema com Stálin é que em algum momento ele foi considerado efetivamente um teórico do comunismo e, pior, foi seriamente considerado o líder genial dos povos. Intelectuais no mundo inteiro foram seguidores de Stálin alguns perceberam os desvios sozinhos e pularam mais cedo do barco, outros só tomaram contato com a realidade através do discurso secreto de Nikita Kruschev. De fato, o que os intelectuais jamais perdoarão é que Stálin acabou com a inocência dos intelectuais que marcharam ao lado do gloriosa Revolução de 1917. Transformou os intelectuais em cúmplices da barbárie, manchou o socialismo com o sangue dos trabalhadores que deveriam ser libertados e dirigentes do Estado. Transformou os sovietes, que deveriam ser o fórum de debates entre iguais para a tomada de decisão em fantoches de um tirano. Ora Stálin jamais será perdoado pela esquerda ainda que envergonhadamente queira reconhecer algum mérito no seu trágico governo. Qualquer indivíduo que se pretenda de esquerda procurará sempre mostrar-se crítico de Stálin e seu séquito para evitar que a utopia que ele ainda busca seja confundida com o mundo que Stálin construiu. Mas há algo que se salva no governo de Stálin? No governo de Stálin não há nada de bom que não pudesse ter sido alcançado por outro governante e por outros métodos.

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