Moçambique
Portugal recua para 7º na lista dos principais investidores, EUA lideram
Portugal caiu em 2007 da quinta para a sétima posição na lista dos principais países investidores em Moçambique, cujo "ranking" é liderado agora pelos Estados Unidos.
Depois de há oito anos ter liderado a lista dos maiores investidores em Moçambique, Portugal surge agora atrás de países como Suíça, Reino Unido, África do Sul, Tanzânia e China, de acordo com o Centro de Promoção de Investimento de Moçambique (CPI).
A seguir a Portugal surgem Canadá, Brasil e Zimbabué, ainda de acordo com os dados deste organismo público.
Os Estados Unidos passaram este ano a liderar a lista dos maiores investidores em Moçambique, devido ao projecto de construção de uma refinaria de combustíveis líquidos na cidade costeira de Nacala, província de Nampula (norte), avaliada em três mil milhões de euros.
Os Estados Unidos "nunca em nenhum outro momento liderou o grupo de investidores", mas passou a ocupar este lugar "por causa deste projecto isolado, que nem (sequer) reflecte a tendência crescente do investimento norte-americano" no país, destacou uma fonte do CPI.
De resto, o "ranking" dos maiores investidores estrangeiros em Moçambique tem sofrido flutuações consideráveis nos últimos anos, "ao sabor" de anúncios de investimentos.
A liderança de Portugal há oito anos resultou de fortes apostas feitas por investidores portugueses em sectores bancários e do turismo, lembrou o responsável pela área de Comunicação no CPI, Evaristo Cumbana.
"Os investimentos portugueses tornaram-se velhos", concluiu o responsável pela área de Comunicação no CPI.
Entre Janeiro e Outubro, o executivo moçambicano aprovou diversas propostas de projectos de investimento no país, com o potencial de criar aproximadamente oito mil novos postos de trabalho, incluindo alguns na área de agricultura e agro-indústria.
A maior parte dos investimentos feitos neste período foram, pela primeira vez, aplicados nas províncias de Nampula, norte, e Tete, centro, contra a habitual aplicação em Maputo, no sul do país.
Em termos sectoriais, as propostas de investimento são direccionadas para os recursos minerais (cerca de 89 por cento do volume total de investimentos), contra 83 por cento do volume de investimentos ao projecto de carvão de Moatize, na província de Tete.
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