2007-11-25 - 00:00:00
Belém: Presidente terminou visita à Guarda
Cavaco manda fazer mais bebés
O Presidente da República, Cavaco Silva, está preocupado com a desertificação do Interior do País, preocupação que registou numa visita de dois dias ao distrito da Guarda. Para o efeito, deslocou-se aos concelhos da Guarda e Gouveia. No fim da iniciativa, questionou--se: “Por que é que nascem tão poucas crianças? O que é preciso fazer para que nasçam mais crianças em Portugal?” Em jeito de desabafo, o Chefe de Estado frisou: “Eu não acredito que tenha desaparecido nos portugueses o entusiasmo por trazer novas vidas ao Mundo”.
Uma frase que ilustra a preocupação do Presidente que admite mesmo que “algo está errado num povo que não cuida da sua continuidade”, tanto de Portugal como da Beira Interior. “Um país sem crianças é um país sem futuro”, lembrou o Chefe de Estado, que tem dedicado especial atenção à fraca natalidade em Portugal. “Por isso, é que eu tenho incentivado muito a actuações de natureza política e de toda a sociedade, para conseguir que pais e mães apostem mais na vida”, prosseguiu Cavaco Silva.
O Presidente da República manifestou esta sua preocupação durante a inauguração em Gouveia do Museu da Miniatura Automóvel, que “será visitado por muitas crianças, certamente”. Na inauguração de um espaço museológico único no País, marcaram presença Elisabete Jacinto, Manuel Gião e Pedro Matos Chaves, ícones do desporto automóvel nacional.
Antes, Cavaco Silva registou que “há de facto aqui [distrito da Guarda] um despovoamento”. A razão aparente está na “escassez de iniciativa empresarial”, sendo que “enquanto não surgirem empresas no Interior do País, enquanto não surgirem investimentos, será muito difícil manter os jovens e criar emprego”, salientou o Presidente.
O Chefe de Estado afirmou ainda ter ouvido algumas palavras de desânimo por parte dos autarcas da região que “pedem mais acção por parte do Estado”. E rematou: “Hoje já não é o problema das estradas, mas mais incentivos à formação dos jovens, ao aumento da taxa de natalidade e apoios para que as empresas se instalem no distrito da Guarda e vejam a fronteira [ com Espanha] não como uma ameaça mas como uma oportunidade”.
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=267151&idselect=90&idCanal=90&p=200
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