"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Ilimar Franco está certo! Até que enfim setores da imprensa brasileira começam a perceber quão nefasta é a campanha contra Chávez.

http://oglobo.globo.com/blogs/ilimar/
Em defesa da legalidade!!

Quem defende a democracia?

É preciso prestar muito atenção com o que está acontecendo na Venezuela, na Bolívia e na Colômbia. Os três países vivem sob o regime democrático, com presidentes eleitos pelo voto popular, imprensa livre e Congressos funcionando em sua plenitude.

Na Colômbia, um movimento guerrilheiro de esquerda, as Farc, se recusa a disputar eleições e dar institucionalidade ao seu movimento político. As Farc tentam há décadas, sem sucesso, por falta de apoio popular, derrubar os governos colombianos. O presidente Álvaro Uribe tenta buscar uma solução constitucional para o conflito, mas a guerrilha se recusa a estabelecer negociações sérias.

Na Venezuela, forças políticas de oposição, que fracassaram num golpe para derrubar Hugo Chávez, em 2002, abandonaram a via institucional (não disputaram as últimas eleições para o Congresso) e apostam na "agitação e propaganda" para desestabilizar o governo Chávez. Muitos têm perguntado nos últimos dias se Chávez aceitará uma derrota no referendo da reforma constitucional? Mas o que é preciso saber é se os opositores vão aceitar o resultado do referendo, caso sejam derrotados? Vocês devem saber o que esse pessoal que prega a "democracia" fez em 2002? Eles fecharam o Congresso e a Suprema Corte no dia em que imaginaram que tinham derrubado o presidente eleito pelo voto popular. Grandes democratas.

Não estamos longes da mesma situação na Bolívia. As forças que são minoria na Consituinte daquele país recorrem, graças ao seu poder econômico, às manifestações de rua e ao confronto para impedir as mudanças. Em 1964 havia um slogan aqui no Brasil que dizia "reforma agrária na lei ou na marra". Na Bolívia de hoje o slogan da oposição ao presidente Evo Morales parece ser "autonomia na lei ou na marra". A oposição boliviana pretende rasgar a Constituição e dividir o país em nome da democracia. Vocês devem lembrar de alguma coisa parecida com isso em 1964 no Brasil?

Quantos crimes se cometem em nome da "democracia". Eu não simpatizo com Álvaro Uribe, com Hugo Chávez e com Evo Morales. Acho que eles não tem jogo de cintura, padecem de uma incapacidade de envolver suas oposições, falam de mais e se pavoneiam outro tanto. Mas eles estão do meu lado. Que lado é esse? O do respeito às leis e à manifestação dos eleitores.  

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