"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

sábado, 24 de novembro de 2007

Conheçam Gilberto Freyre!

23/11/2007 - 09h35

Museu revê legado de autor pernambucano

MARIA EUGÊNIA DE MENEZES
do Guia da Folha

Gilberto Freyre dizia que, antes de historiador, sociólogo ou antropólogo, via-se como escritor. "Foi o que eu mais quis ser desde que quis ser alguma coisa: escritor. Escritor independente de governos e instituições. Viver para escrever e viver de escrever". Como se reconhecesse esse desejo do autor, a exposição que o Museu da Língua Portuguesa abre nesta terça (dia 27) dedica-se ao legado do intelectual pernambucano e coloca em evidência as características de sua prosa sedutora.

A mostra, que marca os 20 anos de sua morte, reúne documentos, fotografias e manuscritos de livros, além do material utilizado na pesquisa de obras como "Casa-Grande e Senzala" e os questionários que distribuiu a pessoas de todas as classes sociais para escrever "Ordem e Progresso".

Com projeto cenográfico de André Cortez e curadoria de Júlia Peregrino, Élide Rugai Bastos e Pedro Vasquez, a exposição ocupa o primeiro andar do prédio da estação da Luz e recria os ambientes de uma casa, na qual o visitante deve abrir armários, portas e gavetas para descobrir vestígios que ajudem a compor um retrato de Freyre. Parte quase desconhecida de sua produção, 27 telas (óleos e aquarelas) pintadas por ele e alguns de seus poemas também estarão expostos. Outra boa surpresa que a coleção reserva são os originais de duas autobiografias inéditas de Freyre, nas quais trata do período de sua mocidade.

"Nossa preocupação é conquistar quem não conhece seus livros, é revelá-lo para o grande público e atrair novos leitores", explica Peregrino. Sem pretensões de esgotar a biografia do autor, a exposição segue padrão semelhante ao das duas bem-sucedidas mostras anteriores, dedicadas a Guimarães Rosa e Clarice Lispector.

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