"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

As universidades no Brasil reforçam a dependência e a submissão do país!

Acabei de ler "Cultura e Desenvolvimento em Época de Crise" de Celso Furtado. Inclusive serviu para alterar a frase inicial do blog. O livro é de 1984, mas continua sendo um bom compêncio dos principais problemas brasileiros, continuamos sofrendo com a falta de criatividade, continuamos tendo a nossa cultura destruída, continuamos sem um projeto nacional de desenvolvimento, continuamos sem resolver o problema do federalismo, resolvemos o problema da dívida externa, mas criamos um problema para a dívida interna e criamos uma armadilha monetária e no setor externo. Mas o que eu quero comentar é sobre o papel das universidades na superação do subdesenvolvimento e da dependência.

É possível afirmar com absoluta certeza que se depender das universidades e dos intelectuais brasileiros, o Brasil será eternamente um país dependente e subdesenvolvido. É impressionante o retrocesso intelectual vivenciado pelo Brasil desde os anos 70. No intervalo entre 1930 e 1982, não apenas a economia brasileira propsetou, mas também o pensamento brasileiro (e porque não dizer latino-americano), a partir dos anos 80 o regresso é notável. Toda forma de pensamento autóctone foi eliminado. Viramos meros resumidores de idéias produzidas no centro do mundo, e pior, resumidores das piores idéias desenvolvidas no centro do mundo. Ao invés de desenvolver um debate acadêmico entre os intelctuais locais dá-se sempre preferência para citar autores estrangeiros, criticar os autores estrangeiros, e a ci~encia no Brasil cresce com isso? Não. Para o desenvolvimento científico e intelectual do Brasil, quais intelectuais precisam ser massacrados teoricamente? Os nossos. É preciso ler e criticar o que é produzido aqui para que as idéias se desevolvam, se sofistiquem, para que surjam novas teorias, inovações, tecnologias, para que o país cresça. Mas não. O clientalismo e o apadrinhamento faz com que quando se cita algum nacional é para elogiar, bajular. Fora desta se situação, ignora-se tudo o que é produzido aqui. Claro que ler o que a maioria dos intelectuais brasileiros escrevem é a maior perda de tempo e cerébro. No entanto, o que se escolhe ler que foi produzido no exterior não é muito melhor, é sempre a repetição ad nauseam das mesmas besteiras. Então besteira por besteira devemos ler as besteiras produzidas aqui ao menos assim estamos contribuindo para o desenvolvimento intelectual, cultural e técnico do país. Dada a formação corporativista das universidades brasileira, ler o que aqui é produzido e ter coragem de dizer que é ruim já é um passo fundamental. Desenvolvimento intelectual não se faz com elogios se faz com críticas.

Mas também não é a crítica vagabunda que domina no Brasil. Aqui quando um texto é criticado é por razões eminentemente pessoal. Apenas se critica os textos dos inimigos e sempre pelas razões erradas. O mérito é última coisa que conta entre a intelctualidade brasileira. Pobre Brasil, por isso, ao invés de termos cada vez mais Celsos Furtados temos cada vez mais Bressers, mais Mantegas, mais Gustavos Francos. E é interessante como mesmo os melhores cérebros são contaminados por esse mundo doente e param de pensar.

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