Duas questões prejudicam a organização e preparação dos grupos para participar do evento, o primeiro é a divulgação tardia dos temas específicos para os alunos se prepararem melhor (apesar de alguns temas poderem ser adivinhados sem esforço algum, já estou escolado nisso para a AMAN); o segundo problema é a indefinição sobre quantos participantes cada instituição selecionada poderá levar. Gera o problema de ter que cortar alunos posteriormente o que é muito desagradável e pior aumento o risco de errar na escolha dos alunos participantes.
Em 2006, pelo Unibero, foram para a AFA, 10 alunos (havíamos feito a inscrição 12): Rafael, Marilia, Thainá, Daniele, Karen, Filipe, Renato, Talita, Luís Felipe, Juliana. E dois professores, o Adilson e eu. Agora para a Escola Naval, fizemos a inscrição para seleção com 10 alunos e cortaram para seis depois, mas fomos em quatro, por desistências de última hora quando já não era possível trocar os participantes. Foram o Renato, o Luís Felipe, o Cauê e a Tamiris. Deveriam ter ido dois professores, mas também houve ma desistência e foi apenas eu.
O Renato, que deveria entrar para o curso de formação de oficiais, concorda com todas as idéias dos militares sobre os temas esdrúxulos, e teve a oportunidade de falar nos dois Congressos, porque o seu grupo foi sorteado. Na segunda participação mostrou uma nítida evolução, falou melhor apesar de se apresentar de bermuda (deveria ter passado uma noite no calabouço por isso). Mas não envergonhou a faculdade, apesar dos colegas ficarem rindo das apresentações dele. Apesar do Renato ter aparecido mais por isso, pode-se dizer que os alunos do Unibero tiveram uma participação adequada nos dois congressos. Mesmo a Tamiris tendo tido a infelicidade da organização ter me colocado no grupo de discussão dela, ela não se intimidou, participou das discussões, organizou as discussões. Eu tinha prometido ficar em silêncio nas discussões, mas obviamente não resisti, mas antes que me irritasse com os rumos da discussão me retirei da sala. O Cauê não foi favorecido pelos temas e pelo ambiente refratário às suas idéias esquerdistas, mas de todo modo é importante aprender expor idéias em ambiente hostil e não se intimidar mesmo sendo derrotado pela maioria. Para o Luís Felipe, os dois congressos serviram para ele interagir com os temas que ele gosta apesar dele preferir falar sobre as grandes potências. E ter certeza que tem interesse pelos debates acadêmicos, intelectuais apesar de ter medo dos mortos e dos espíritos. O Congresso serviu também para conhecer melhor os alunos, conhecer melhor pessoalmente e intelectualmente, ver em quais se deve realmente apostar e onde não se deve insistir. No Congresso da AFA, ao acompanhar a participação da Karen nas discussões do Congresso tive certeza absoluta que ela deveria se dedicar às questões intelectuais, desenvolver boas idéias sobre temas áridos e sobre os quais se conhece pouco não é para qualquer um. Do mesmo modo permitiu tirar conclusões diversas sobre os demais seja sobre o quanto as questões intelectuais seriam interessantes pra eles até o quanto seriam pessoas interessantes para se cultivar uma amizade com elas ao longo do tempo. Enfim, o Congresso é também um cenário adequado para uma avaliação mais profunda dos alunos em diferentes níveis. Neste sentido, tenho absoluta certeza que todos os alunos que foram nestes dois anos deveriam ter ido e aprenderam alguma coisa com a participação. Espero que sejamos selecionados novamente no ano que vem e consigamos levar o número correto de participante sem qualquer tipo de contratempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário