Quando dou aulas sobre a crise de 1929, os alunos são incapazes de ter uma verdadeira dimensão da crise. No Brasil, estamos sempre em crise, e falar em crise parece ser algo da rotina, com uma situação sempre ruim é difícil imaginar uma situação que seja muito pior. O fantasma de uma verdadeira crise financeira global faz com as novas gerações se coloquem diante de uma nova possibilidade de conhecer a crise de fato. Os pobres se empobrecerão mais, o que não é novidade, a diferença é os ricos se empobrecerem, mas empobrecerem de fato e não como ricos brasileiros. É empobrecerem ao ponto de viverem junto com os pobres, são as classes médias irem pedir dinheiro na rua. São os bancos quebrarem, quebrarem mesmo, ninguém vai ter ninguém pra comprar o banco, o comércio internacional desabam, as indústrias tem um monte de vagas, mas nem se o trabalhadores se dispuserem a trabalhar de graça serão contratados. Provavelmente jamais teremos ma crise como a de 1929 (exceto claro no grande colapso), mas é preciso que os gestores das finanças internacionais lembrem que não podem errar, mais do que nunca é preciso que o Estado faça os que os mercados são incapazes de fazer, ou seja, manter um comportamento racional.
"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."
Ignácio Ellacuría
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