Todos nós ficamos sabendo que o segundo relator designado para relatar o caso Rena Calheiros renunciou. Wellington Salgado desistiu alegando não continuaria porque a votação foi adiada. No entanto, a verdade é mais complicado e só vi em um jornal e ao vivo na TV Senado. Durante as discussões na Comissão de Ética, o senador José Nery levantou uma questão de ordem questionando a escolha do relator baseado em um artigo do Regimento do Senado que dizia que um senador poderia se declarar impedido de participar de uma votação se tivesse relações de negócios ou outras com o acusado que comprometessem a imparcialidade. Claro que o senador José Nery sabia que este artigo não proibia o senador de votar, apenas lhe dava o direito de não votar. Mas a dúvida serviu como pretexto para apresentar uma denúncia contra o Wellington Salgado. O relator que deveria julgar Calheiros é dono de uma faculdade e através de um órgão presidido por Renan Calheiros havia ganhado um terreno público que estava havia sido doado ao órgão de Calheiros para outros fins. Enfim, ambos eram réus em um mesmo processo e isso não havia impedido que ele se tornasse relator, claro que a publicidade do fato é que modificou a posição do senador. E isto não foi destacado.
Também não é verdade que ninguém quer ser relator do caso Renan Calheiros, o senador Eduardo Suplicy se ofereceu. O estranho é que ninguém quis. Para sorte do Suplicy.
Também não é verdade que ninguém quer ser relator do caso Renan Calheiros, o senador Eduardo Suplicy se ofereceu. O estranho é que ninguém quis. Para sorte do Suplicy.
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