Portugueses pouco interessados em ir trabalhar para África
Os pedidos de emprego de portugueses para África não chegam nem a metade da oferta disponível na Feira do Emprego e Formação, que hoje arrancou em Lisboa, pelo que a organização vai procurar candidatos noutros países europeus.
A oferta de emprego para África, especialmente Angola e para o sector dos petróleos, é uma das componentes da 11ª Feira do Emprego e Formação de Lisboa que hoje arrancou na Gare de Alcântara.
Existem mais de 1.000 ofertas de trabalho disponíveis para esta vertente do mercado de emprego, mas cerca de uma dúzia de empregadoras representadas pela Jobfair, a empresa que organiza o certame, procuram sobretudo pessoal especializado e de preferência já com alguma experiência profissional.
"As pessoas que nos têm contactado para emprego em África não chegam nem para preencher metade da oferta, por isso a Jobfair já começou a procurar candidatos em outros países da Europa", disse à Agência Lusa um representante desta empresa, João Carlos da Costa.
Esta empresa contratadora dispõe de oferta de emprego sobretudo para os Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), em particular para Angola, Moçambique, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe.
"Queremos trabalhar também com outros países africanos, mas neste momento a nossa vantagem competitiva está virada para os PALOP", acrescentou.
A petrolífera francesa TOTAL, com um posto de recrutamento de pessoal na 11ª Feira do Emprego e Formação de Lisboa, procura exclusivamente candidatos de nacionalidade angolana para o sector dos petróleos em Angola.
"A intenção é analisar candidaturas de angolanos que vivam cá e pretendam voltar para Angola", disse à Lusa um funcionário da empresa, Diamantino Van-Deste, especificando que a oferta é exclusivamente para os petróleos, em diversas áreas de especialidade, desde a engenharia às finanças e outras ocupações.
"Recrutamos em geral para especialidades adaptáveis ao mundo dos petróleos e procuramos sobretudo pessoas já com alguns anos de experiência, a partir dos 35 ou 40 anos de idade", referiu o funcionário da TOTAL.
Esta petrolífera francesa, a operar em Angola há cerca de 50 anos, participa na Feira de Emprego de Lisboa pela segunda vez e, segundo o seu representante neste certame, não tem conseguido recrutar tanto pessoal como pretende.
"Na anterior edição conseguimos pouca gente, esperemos que este ano seja melhor", afirmou Diamantino Van-Deste, fazendo notar que a TOTAL procura recrutar sobretudo profissionais com pelo menos cinco anos de experiência, mas sem virar as costas aos jovens recém formados em várias áreas de especialidade pelas universidades portuguesas.
"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."
Ignácio Ellacuría
domingo, 21 de outubro de 2007
Quem quer trabalhar na África? Os portugueses não querem!
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