Gosto de contar qué às vespéras da Primeira Guerra Mundial, Hitler estava insatisfeito com o mundo. Porque o mundo já não era animado como no tempo de Bismarck, cheio de guerras e conquistas.
Todo observador, em geral, tende a considerar o seu tempo monótono, o mundo sempre parece muito repetitivo. Sempre que navego por jornais do mundo inteiro, inicialmente fico com a sensação de que a história está acelerada. O Putin está ameaçando os EUA. Os turcos ameaçam invadir o Iraque. O Irã constroi a sua bomba atômica. Os japoneses temem a China. A União Européia aprova o Tratado de Lisboa. Os países emergentes contestam o FMI. A África cresce. Mas tudo isso é a mesma história, sempre recontada, com os mesmos finais. Já não há novidades que façam ressurgir a esperança de que o futuro não apenas será diferente do passado, mas que será substantivamente melhor. No fundo, estamos todos prontos a vender a nossa vida por um passaporte americano.
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