Aí estou eu pegando um autógrafo do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães no livro "Desafios Brasileiros na era dos gigantes". Mas não consegui bajular mais o poderoso secretário-geral do Itamaraty, porque não contei com a solidariedade dos meus diletos alunos. Enquanto uma professor de Brasília tinha uma estratégia montada para agradar todos os palestrantes. Ela sempre sentava-se na segunda fila de frente para o palestrante e no fim da palestra, as quatro alunas dela que se sentavam lá no fundo desciam para serem apresentadas pela professora aos palestrantes, tirar fotos estas coisas e eu não tive esta solidariedade (felizmente, deporia contra eles depois). Não tenho uma carreira intensa de tietagem (como ex-aluna que dormia na fila para pegar autógrafo de cantores), mas tenho alguma. Quando tive aula na UnB com o Francisco Rezek de Direito Internacional Público, no dia que terminou o curso e todo mundo estava pedindo dedicatória no livro dele, eu também peguei apesar das aulas deles serem uma chatice (ou se lia o livro ou assistia as aulas, era igualzinho, até as exceções e as ironias), mas ele era um sujeito acessível apesar de parecer muito metido, quando nós inventamos de criar uma empresa júnior, eu falei com ele e ele cedeu a sala dele para este fim. Deu o maior problema com o departamento de Direito, porque ele fez isso por conta própria. Quando ele foi para a Haia, não teve jeito aí o departamento de Direito ganhou a luta. também peguei um autógrafo do Itamar Franco quando ele era presidente. Eu estava na Feira do Livro de Brasília, que ainda era grande e no Parque da Cidade (depois ela foi para o Pátio Brasil, diminuiu muito e hoje não sei onde é), quando anunciaram nos microfones a chegada do Presidente da República. Na época o Itamar estava namorando com uma oficial da Polícia Militar de Minas Gerais e aquela era uma das primeiras aparições públicas dos dois. Aí eles sentaram num banco lá e as pessoas iam conversar com ele normalmente, aí eu fui também e peguei um autógrafo dele. Em outra oportunidade, eu estava no Conjunto Nacional em Brasília, e quando saí para ir para a UnB vi que o Lula estava fazendo campanha na plataforma superior da rodoviária, era a campanha de 1994, aí também peguei um autógrafo do Lula. Na época, uma amiga ficou morrendo de inveja, acho que hoje depois deste desastroso governo já não tem inveja alguma. Na verdade, não sei nem onde está este autógrafo, ele assinou no meu caderno e não lembro se destaquei a folha depois ou não. O caderno eu tenho certeza que está guardado. Em outra oportunidade, quando o Cristovam Buarque era governador, eu estava na livraria do Chiquinho na UnB olhando os livros quando o Cristovam chegou lá para pegar alguns livros. Aí eu peguei o livro "Revolução de Prioridades" do Cristovam Buarque que estava em exposição e avisei para o Chiquinho, "estou comprando este livro, depois eu te pago" (depois que eu sai da UnB tenho certeza que ele nunca mais lucrou tanto apesar das broncas que levava), e aí pedi para o governador autografar. Ele considera este livro um dos seus mais importantes. Eu já havia lido uma parte do livro para disciplina Formação Econômica do Brasil, a primeira parte que fala sobre os equívocos da sociedade brasileira, os erros na sua formação, na verdade metodologicamente o livro que é um erro, porque sociedade não erra, não há erros históricos. Quando eu fui me formar, propus que o nome da turma fosse Theotonio dos Santos. Theotonio dos Santos é um dos formuladores da teoria dependência e se não for o cientista social brasileiro mais publicado exterior, é um deles. Como era uma homenagem a um teórico ainda vivo, meio que exigiram que já que haviam aceitado a minha sugestão, eu teria que garantir a presença dele. E como o Theotonio é uma pessoa acessível, ficou muito contente com a homenagem e se dispôs a ir por conta própria para participar da colação de grau. E aí eu exacerbei a tietagem e pedi que fizesse uma dedicatória em dois dos livros que eu tenho dele, seria vergonhoso pedir que assinasse todos os livros dele que eu tinha, então dois já eram suficientes. Depois disso, ele ainda fez parte da minha banca de mestrado.
"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."
Ignácio Ellacuría
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Um comentário:
O senhor TEM um autografo do Presidente? =/
Eu não tenho! =(
Mas como assim não sabe onde está? Prof!!!! Totalmente imperdoável, se encontra-lo, me mostra? Hahahahaha... Marta para Prefeita! Muito bom o Post, abraços!
Obs: As fotos do Congresso ficaram boas! Dei muitas risadas, mas não esquecerei das discussões de ontem. Vou estudar sobre o assunto!
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