"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

sábado, 21 de agosto de 2010

Para o PSDB sobrou se preparar para as eleições de 2018 ou 2022!

Mantida a atual conjuntura, resta para o PSDB começar agora a pensar nas eleições futuras. E pensar nas eleições futuras não significa pensar na eleição de 2014. Sem uma grande mudança, o governo Dilma ser uma catástrofe absoluta, e além disso o Lula abandonar a política por alguma razão grave, a eleição de 2014 também será uma eleição muito, muito difícil para o PSDB, porque ainda que a Dilma seja um fracasso, o Lula ainda terá força para voltar nos braços do povo. Provavelmente para o PSDB, a eleição presidencial de 2014 será utilizada como forma de criação de um nome viável para 2018 ou 2022, será o momento, por exemplo, para tornar o Aécio conhecido nacionalmente. É  hora do PSDB olhar para a experiência do PT que ficou fora do poder por três eleições presidenciais consecutivas, mas foi construindo uma imagem de alternativa, insistindo sempre na mesma candidatura consolidando o Lula como liderança. Obviamente, não é o caso do PSDB insistir no Serra, é preciso abandonar o Serra, e apostar numa nova liderança para o PSDB. A maré de incompetência no PSDB anda tão grande que é possível que se fossem escolher alguém agora, escolheriam o Alckmin. Pessoalmente não apostaria nem no Alckmin nem no Aécio, mas fora os dois quem o PSDB tem? Creio que nas circunstâncias atuais, apesar do Alckmin ter chances quase nulas de vir a ser presidente do Brasil e dos problemas causados pelo centralismo paulista no PSDB, o ex-governador Alckmin é a principal liderança do PSDB, porque possui uma diferença extremamente significativa no contexto atual em relação ao Aécio Neves, é capaz de criticar o governo Lula, ataca o governo Lula, assume-se como oposição sem medo do impacto negativo das críticas a um presidente altamente popular e com governo tão bem-sucedido quanto o Lula. E se a oposição quiser sobreviver precisa aprender fazer oposição do contrário ficando mais oito, 12 anos fora do poder será cooptada em bloco.

Outro ponto que ameaça o PSDB e o DEM é a estratégia do Lula de atuar fortemente nas eleições estaduais. Creio que se o Lula entrar nas eleições estaduais atacando diretamente figuras como o Arthur Virgílio, José agripino Maia e outros, mostrando como eles dificultaram o seu governo, entravaram os projetos, e que vão dificultar para a Dilma, é possível que consiga impor algumas derrotas significativas a oposição federal nos estados.

O fracasso do DEM e do PSDB como oposição, como já disse em outro post, abre espaço para uma oposição de esquerda ao governo Lula, uma oposição de esquerda com viabilidade eleitoral. A melhor estratégia seria a criação de um novo partido com a presença da Marina Silva, a Heloísia Helena, etc. Um partido que recuperasse o melhor do idealismo do PT sem o radicalismo vazio do PSOL e sem o neoliberalismo/oportunismo do PV.

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