Uma coisa curiosa no caso do vazamento do Enem é que a imprensa não foi com a faca nos dentes atrás de culpados, não foi investigar, não fez denúncias contra deus e o mundo. Apenas fez acusações genéricas contra o Ministério da Educação e o INEP. Gilberto Dimenstein teve a desfaçatez de dizer que já era previsível que o MEC não teria condições de gerenciar um processo como este. O que o Dimenstein não disse é que quem imprimiu as provas foi uma gráfica do Grupo Folha, que quem vazou e comercializou as provas foram funcionários do Grupo Folha. Engraçado que ninguém na imprensa pediu a cabeça da gráfica, a punição severa da empresa por não conseguir garantir a segurança. E o dinheiro? A Folha devolveu? Será punida? A Folha e UOL, na maior parte das vezes que mencionavam a Gráfica Plural, informavam que era do Grupo Folha, mas logo vinha uma justificativa, uma explicação da gráfica como verdade, garantindo que o vazamento não ocorreu lá. E qual o destaque foi dado ao vídeo de segurança mostrando momento do roubo? Já imaginaram o escândalo que seria se a gráfica fosse do governo ou não fosse ligada à imprensa?
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